Ontem foi o ponto final na história do cidadão Severino Ramos dos Santos, conhecido por “Santos do Posto”. Uma história pautada nos princípios de trabalho, perseverança, prosperidade, honestidade, solidariedade e superação.
Para mim, Santos representava mais que um simples amigo (quase um irmão), pois, ele era amigo de meu pai, o qual também era amigo da Senhora sua mãe, “Dona Basta” (de saudosa memória). Portanto, acompanhei de perto os passos de Santos durante a maior parte da sua vida. Um homem que aprendeu de tudo, menos a dizer não… Ele só fazia o bem!
Santos começou de baixo e, após atingir um patamar considerável, perdeu a saúde e, consequentemente, a condição de gerir suas empresas. Terminou em cima de uma cama, porém, rodeado do confortável carinhoso da família, principalmente de sua esposa dona Sônia, um anjo bom, a quem Deus confiou a sublime missão de cuidar bem do marido. Portanto, posso afirmar sem sombra de dúvida: Santos morreu com dignidade!
Lembro de certo dia, um dia de domingo, nós dois sentados frente a frente em seu escritório localizado no “Posto de Santos”, quando, entre outros assuntos ele começou a justificar sua mudança de religião, pois havia deixado de ser católico e se tornado evangélico. Antes que ele concluísse a sua justificativa o interrompi com as seguintes palavras: “Véi, (era assim que ele tratava os íntimos) com a vida que tu levas, não precisas de religião nenhuma para chegar ao céu”! E é isso o que reafirmo.
Quero registrar aqui o sentimento de pesar, de toda a minha família pelo falecimento do amigo Santos, ao tempo em que compartilho com os seus o sofrimento relativo à perda desse grande ser humano, Santos do Posto, embora a certeza da sua acolhida no plano Superior.
Por Sebastião Gerbase