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segunda-feira, 29 abril 2024
                             

INIMIGO ÍNTIMO

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Sebastião Gerbase
Sebastião Gerbase
Sebastião Gerbase Teixeira da Silva, conhecido carinhosamente como Basinho. Exerceu os cargos de Fiscal de Mercadorias em Trânsito, Fiscal de Estabelecimentos (hoje Auditor Fiscal), Conselheiro da AFRAFEP e coletor de importantes coletorias, a exemplo de Santa Rita, Cabedelo, Pilar e Mamanguape (duas vezes), onde se aposentou proporcionalmente. Formado em Direito desde 1.985, Basinho é aquele grande amigo, “riotinguapense” (se considera de Rio Tinto e Mamanguape), que gosta muito de escrever e irá apresentar, neste Portal PBVALE, colunas sobre assuntos interessantes para toda comunidade.

Velho ditado diz que o promotor é o inimigo íntimo do juiz. Essa afirmativa é obra do imaginário criativo, que aflui no ambiente de trabalho (no fórum), às vezes em tom de brincadeira e às vezes nem tanto. Na verdade, juiz e promotor, quando no exercício da função que lhes compete, chegam a divergir dentro do mesmo processo, dando uma interpretação diferente ao mesmo fato, o que a legislação permite. E mais ainda porque o juiz não está adstrito aos argumentos da acusação feita pelo promotor. Isso, às vezes, provoca um questionamento jurídico entre as partes, o que, no caso, carece da interferência das instâncias superiores, por vezes, indo encontrar a decisão definitiva no Supremo Tribunal Federal.

Mas, ninguém se engane, a figura do inimigo íntimo, de fato, existe. O inimigo íntimo é aquele que, como se amigo fosse, convive com a sua presa no dia a dia, beneficia-se de um pouco de tudo que o outro usufrui, mas sempre de olho no restante do bolo, que, poderia ser todo seu.

No âmbito do Poder Executivo, por exemplo, a gente pode facilmente identificar essa figura na pessoa do vice. Aliás, se existe algum vice que é amigo do titular, só se for o vice Presidente da República, o Michael Temer. A Dilma que o diga. Mas há exceções em tudo na vida.

Diga-me aí, você que está lendo isso: Quem danado se sente feliz com o cargo de vice, sabendo que o titular é tudo, e ele é apenas o vice? Pois bem, quem não acreditar no que estou dizendo (escrevendo) dê asas ao seu vice, e depois me diga pra onde ele voou, se sua vista ainda o alcançar. Espere deitado, que o seu vice esteja torcendo para que você acerte.  A filosofia do vice é a seguinte: “Nunca interrompa o seu inimigo quando ele estiver seguindo o caminho errado”. E porque isso? Ora, quanto mais o titular errar, mais cresce a chance do vice ascender à titularidade, seja no âmbito da Justiça ou mesmo na própria política.

Mas o vice é uma peça muito importante na política. Tanto é que o anúncio do seu nome só acontece na undécima hora, salvo em casos especiais. E mesmo nos casos especiais, quando no início tudo “são flores”, não há a mínima garantia de que o escolhido, no futuro, não venha a se transformar em inimigo íntimo.

Por Sebastião Gerbase (Basinho)

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