O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) emitiu um parecer favorável para que o padre Egídio de Carvalho responda o processo em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. O pároco é acusado de desvios milionários na gestão do Hospital Padre Zé.
A decisão ocorre a pedido da defesa de Egídio que alega problemas de saúde do investigado. A Justiça ainda vai decidir se acata o parecer ou mantém o padre preso preventivamente. Egídio está internado desde o último sábado (13/04) em um hospital particular de João Pessoa onde passou por uma cirurgia para tratar de uma apendicite.
O padre estava preso na Penitência Especial do Valentina Figueiredo, por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do Hospital Padre Zé. Ele passou mal no último fim de semana com fortes dores abdominais.
O caso
De acordo com a investigação conduzida pelo Gaeco, padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado recursos do Padre Zé, localizado na Capital paraibana.
Os valores desviados da entidade filantrópica, segundo o inquérito após a primeira fase da Operação Indignos, chegam a R$ 140 milhões. O dinheiro teria sido usado para a compra de imóveis de luxo, veículos, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.