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sexta-feira, 3 maio 2024
                             

PF cumpre mandados e prende delator da Lava Jato

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Redação PB Vale
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Carlos Alexandre de Souza Rocha chega ao Aeroporto Internacional de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Carlos Alexandre de Souza Rocha chega ao Aeroporto Internacional de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)

O delator da Lava Jato, Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, saiu da sede da Polícia Federal, em Cabedelo, na Paraíba, por volta das 11h, em direção ao Aeroporto Internacional de João Pessoa. Ceará foi preso durante a Operação Efeito Dominó, da PF, que combate desvio de dinheiro do tráfico internacional de drogas.

Segundo Roberto Biazoli, delegado da Polícia Federal e coordenador da operação, um outro membro muito próximo a Ceará também foi preso na capital. Batizada de Efeito Dominó, a ação é um desdobramento da Operação Spectrum, deflagrada em 2017.

Na Paraíba, outros dois mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Ceará atuava na Lava Jato com o doleiro Alberto Youssef e firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF disse que vai avisar as duas instituições para que avaliem a rescisão do acordo.

Segundo o delegado Biasoli, Carlos Alexandre informou que Youssef tinha interesse em atuar com ele por causa do dinheiro em espécie. Com a investigação, a PF descobriu que esse dinheiro era fruto do tráfico de drogas.

Ceará foi preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado. Como delator da Lava Jato, ele mencionou os políticos Fernando Collor de Mello, Aécio Neves, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.

Por que Ceará escolheu João Pessoa?

De acordo com o delegado da Polícia Civil e coordenador da “Efeito Dominó”, Roberto Biasoli, informou que depois da Lava Jato, onde foi investigado, virou réu e fez a colaboração, momento em que residia no sul do país, Carlos Alexandre escolheu o nordeste como base fixa.

“João Pessoa foi o local onde ele foi preso, juntamente com outro homem envolvido próximo a Ceará. A questão da localidade nem interessa tanto, porque eles agem em todo o Brasil, usam aplicativos para se comunicar. Ele escolheu João Pessoa para residir nos últimos anos e continuou as atividades criminosas nesse local, mas viajava muito, inclusive para o Rio de Janeiro, Brasília. Nos levantamentos que fizemos, tinham outros endereços dele, mas no último ano, escolheu a Paraíba”, explicou Roberto Biasoli.

Operação Efeito Dominó

Na ocasião a Polícia Federal desarticulou uma estrutura estabelecida para o tráfico internacional de drogas e comandada por Luiz Carlos da Rocha, também conhecido como “Cabeça Branca”, reconhecido como um dos maiores traficantes de entorpecentes da América do Sul com conexões em dezenas de países, de acordo com a PF, preso na Spectrum.

Cerca de 90 policiais federais participaram da operação, cumprindo 26 ordens judiciais, sendo 18 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo.

De acordo com a PF, durante a investigação policial foi possível identificar uma complexa e organizada estrutura destinada à lavagem de recursos provenientes do tráfico internacional de entorpecentes.

As investigações demonstram indícios sobre o modus operandi da organização criminosa, consistente na convergência de interesses das atividades ilícitas dos “clientes dos doleiros” investigados.

A PF explica que, de um lado havia a necessidade de disponibilidade de grande volume de dinheiro em espécie para o pagamento de propinas e de outro, traficantes internacionais possuíam disponibilidade de recursos em moeda nacional e necessitavam de dólares para efetuar as transações internacionais com fornecedores de cocaína.

Quanto ao operador financeiro já investigado da Operação Lava Jato, a PF explica que ele retornou às suas atividades ilegais mesmo tendo firmado acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República.

A ação desta fase tem, dentre outros, o objetivo de reunir informações complementares da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o tráfico internacional de entorpecentes. Os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

G1PB

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