Apesar da crise que assola os municípios em todo o Brasil, e que a palavra de ordem na maioria das gestões é a austeridade e o corte de gastos supérfluos, a Câmara de Vereadores de Baía da Traição já gastou de janeiro a julho deste ano, quase R$ 4 mil reais em almoços. Os dados são do Sagres Online, sistema de informações do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.
De acordo com a ferramenta de fiscalização, o presidente da casa, Luiz Sabino (PHS), pagou no dia (31) de março, a bagatela de R$ 1.100,00 (mil e cem reais), num banquete para debater a implantação de imposto para a população, a taxa de iluminação pública.
Sem a devida justificativa constando no Sagres, no dia 2 de fevereiro (em recesso), a casa pagou mais R$ 888,00 (oitocentos e oitenta e oito reais) em refeições para vereadores, funcionários e tesoureiro.
No dia 13 de março, outra refeição no valor de R$ 648,00 (seiscentos e quarenta e oito reais).
Já na volta do recesso parlamentar, no mês de abril, Luiz Sabino pagou mais R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais) num almoço no dia 18 de abril.
No dia 8 de maio mais um almoço de R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), no dia 2 de junho, outro pagamento de R$ 336,00 (trezentos e trinta e seis reais), dia 17 de julho mais R$ 128,00 (cento e vinte e oito reais), e no dia 25 de julho um almoço de R$ 190,00 (cento e noventa reais). Totalizando os pagamentos para refeições entre janeiro e julho deste ano a quantia de R$ 3.833,00 (três mil, oitocentos e trinta e três reais e um centavo), mesmo todos os parlamentares residindo no município.
Confira outros pagamentos clicando nas imagens:
Recentemente a Câmara dos Vereadores de Baía da Traição se envolveu numa polêmica de repercussão nacional. O poder legislativo da cidade do Litoral Norte paraibano gozava de um recesso parlamentar de 180 dias. Sendo três meses de descanso no meio do ano, e mais três meses no fim e começo do ano.
Considerando o longo período de férias que os vereadores da Baía da Traição desfrutavam, percebe-se que, parte dessas refeições pagas pelo presidente Luiz Sabino, foram justamente em período de recesso parlamentar. Medida nada republicana para os dias atuais, de crise financeira e de imagem dos políticos em todo o Brasil.
O período do recesso parlamentar foi diminuído recentemente depois de uma longa batalha da vereadora Luíza Dantas, solicitando modificação no regimento interno. Depois de muita pressão popular e repercussão no noticiário regional e até nacional, a casa aprovou emenda alterando e diminuindo o período para 60 dias.
Relembre reportagem sobre o recesso da Câmara dos Vereadores:
Da redação
PBVale