
“Lançamento aconteceu às 19h desta quarta (10), em Rio Tinto. Fuga de prefeito e juiz no Golpe de 64 é um dos fatos relatados na obra.”
Não há nada mais disputado em uma cidade do interior do que uma eleição municipal. Durante o período eleitoral inicia-se uma verdadeira guerra social entre seus moradores, aonde o sangue da população chega a ferver. A disputa se torna tão acirrada, que faz vizinho estranhar vizinho e irmão desconhecer irmão. Há quem diga que o evento é mais importante que uma disputa de final de Copa do Mundo! Pensando nisso, o jovem escritor, professor, geohistoriador e geógrafo rio-tintense, Cássio Marques, decidiu contar algumas historias da cidade fabril.
Na noite desta quarta-feira (10), Cássio lançou o livro – ‘Baú Político de Rio Tinto’ – de sua autoria. A obra literária é uma breve retrospectiva histórica da política de Rio Tinto, município que fica na região do Vale do Mamanguape.
O evento aconteceu no plenário da Câmara Município de Rio Tinto (CMRT) e contou com a presença de diversas autoridades políticas, entre prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, ex-vereadores, intelectuais, líderes de classe e convidados.
“O principal objetivo desta obra é propiciar aos rio-tintenses de nascimento ou de coração um referencial histórico sobre a vida política e administrativa de Rio Tinto, tendo como base os próprios personagens que a construíram”, disse o escritor.

Na apresentação, o livro inicia lembrando o ano de 1956, quando da emancipação política do distrito de Rio Tinto que era vinculado à cidade de Mamanguape, com o processo de instalação do Poder Executivo e das primeiras providências para a instalação do Poder Legislativo, que veio a ser consolidado no ano de 1959, com a eleição dos primeiros vereadores do município recém-criado, passando pela ditadura militar e chegando até os dias atuais.
“Sobre a emancipação política de Rio Tinto, contamos na obra que não se deu de maneira fácil como muitos imaginam. A luta por sua independência ecoou na Câmara Municipal de Mamanguape e na Assembleia Legislativa da Paraíba que acreditada que se fosse concedido à emancipação política de Rio Tinto haveria um declínio econômico de Mamanguape por perder o próspero distrito que sediava na época a poderosa Companhia de Tecidos Rio Tinto”, destacou.
O livro retrata também curiosidades das eleições e resultados de pleitos memoráveis da história rio-tintense com galerias do legislativo e os gestores municipais, além de contar tudo sobre a eleição suplementar de 1966. “A dedicatória é feita a amiga Fátima Carvalho, uma dedicada pesquisadora da historia de Rio Tinto, aos deputados José Lacerda e Assis Camelo, ícones da política na região do Litoral Norte paraibano”, enfatizou o professor.
Da redação / PBVale