
Uma frase muito conhecida, e que nunca consegui absorvê-la como sendo uma simples força de expressão, é a seguinte: “Quem quiser ser bom, morra”!
Ela não significa que quem é ruim vira santo após a morte. Não é isso. Ao pé da letra, essa frase denuncia a forma como o ser humano se comporta, em relação aos seus semelhantes.
Ela adverte, sobre o fato de não termos como hábito festejar as boas qualidades dos nossos irmãos, enquanto eles ainda vivem – o que lhes proporcionaria a oportunidade de também comemorar, de se orgulhar pelo reconhecimento, e até mesmo de lhes aguçar o estímulo ao aprimoramento.
Equivocadamente nos habituamos a olhar os defeitos, as deficiências, as fraquezas dos outros, e somente após a sua morte é que enxergamos as suas virtudes.
E olha que isso não se dá somente na relação entre estranhos. Na própria família é possível se identificar esse tipo de comportamento, inclusive no relacionamento entre pais e filhos. Infelizmente, esta é a realidade!
A propósito, esse meu comentário me inclui nessa mesma linha dos equivocados, eis que, somente agora, diante da perda consecutiva de três bons amigos, fui influenciado a reconhecer publicamente a importância de suas amizades, a saudade que deles nos restou e a falta que eles nos farão.
Refiro-me, pela ordem dos lamentáveis acontecimentos, aos recém-falecidos Sgtº Estevam (por acidente) em Jacaraú; Arroz do Carburador em Mamanguape e Peta em Rio Tinto, cidadãos bem relacionados e com longa folha de serviços prestados à sociedade, cada um no seu campo de atuação.
Como forma de uma simples homenagem póstuma, e pelo sufrágio de suas almas, aos três dedico essa minha crônica, na esperança que Deus os ampare, e conforte os que sofrem com as suas ausências. A paz do Senhor!
Por Sebastião Gerbase (Basinho)