“O tradicional dia de promoções dos Estados Unidos caiu nas graças dos brasileiros, ávidos por descontos e ofertas nas lojas online – que, por sua vez, estão loucas para esvaziar seus estoques antes do Natal.”
A estimativa da Black Friday Brasil, que acontece a partir da zero hora da sexta (28) – mesmo dia em que devem ser pagas as primeiras parcelas do 13º salário – é faturar R$ 1 bilhão em apenas um dia. Em 2013, foram R$ 424 milhões.
Para o idealizador da Black Friday no Brasil, Pedro Eugênio, a cada ano que passa o evento vem puxando as vendas para produtos de maior valor agregado, como telefonia, eletros e passagens aéreas. “Houve um crescimento muito forte no número de oferta desses itens”, registra.
No ano passado, a faixa de descontos ficou entre 30% e 70%. “Moda foi a categoria onde o consumidor encontrou os maiores índices de redução”. O site Black Friday Brasil já registrou 12 milhões de usuários cadastrados para receber, em tempo real, as ofertas que irão circular pela rede durante todo o dia.
Garantia
A fim de barrar qualquer tipo de desconfiança, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net) criou um selo contra fraudes e descontos falsos. “O objetivo foi congregar empresas comprometidas com as ofertas reais em oposição às promoções maquiadas, que comprometem a credibilidade das compras via internet”, justifica o presidente da Câmara-e.net, Ludovino Lopes.
Até o momento, mais de 412 empresas estão cadastradas no programa Black Friday Legal (BFL). O número praticamente dobrou em relação ao ano passado (123 empresas). “Para o comércio eletrônico, o Black Friday se tornou a data do ano”.
Ainda de acordo com ele, as empresas têm investido na melhoria dos prazos de entrega – algo que costuma ser um problema para o consumidor após a compra do produto. “Muitas vezes, oferecemos um prazo maior do que o convencional para evitar esses problemas. Optamos por um prazo mais elástico, mas, no entanto, adaptamos o processo para surpreender o cliente com a entrega antes da data prevista”, defende. Para ele, o que conta mesmo é a oferta: “O consumidor procura o Black Friday mais pelo desconto e não necessariamente pelo prazo de entrega”.
Para não ter problemas durante o ‘frisson’ em meio às compras, vale o alerta: “Desconfie de lojas que ofereçam apenas o boleto ou transferência bancária como forma de pagamento. Vale também fazer uma pesquisa nas redes sociais e em sites de reclamação sobre a reputação da empresa. Vale a pena ainda ficar ligado em qualquer link suspeito que redirecione o acesso para outra página que não a da loja”, lista o presidente da ABComm. “É importante verificar as condições de entrega e todos os detalhes relativos à oferta anunciada”, completa.
Da redação, Por Priscila Natividade