Não se surpreenda com a capacidade de roubar dos prefeitos de muitas cidades paraibanas. Levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) revela que são imputados de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões todos os anos contra prefeitos e gestores estaduais. O motivo mais comum tem a ver com desvios de recursos públicos. A porta de entrada para isso, quase que invariavelmente, tem sido as fraudes ou dispensas em licitações. Uma reunião ocorreu recentemente entre o presidente do TCE, André Carlo Torres, e o procurador-geral de justiça, Seráphico da Nóbrega. O órgão de controle colocou à disposição do Ministério Público senhas para o monitoramento das gestões paraibanas.
As prefeituras paraibanas executam orçamento aproximado de R$ 10 bilhões. Há indicativos de que os desvios sejam bem maiores, já que parte considerável dos recursos é fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Os débitos imputados por causa do uso de recursos públicos federais não são computados pelo TCE. O Tribunal de Contras do Estado espera reduzir o estoque de multas aplicadas. Para isso, o órgão tem notificado as prefeituras e dado prazo para resolver as inconsistências. Até agora, 176 municípios foram notificados por conta de inconsistências nos balancetes enviados ao TCE. Em todos eles constam notificações para que a falha seja sanada.
Da Redação com Suetoni Souto