Nesta sexta-feira (30), cidades de todos os estados e do Distrito Federal tiveram protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer.
Os atos foram organizados por centrais sindicais e movimentos sociais e ocorreram em, pelo menos, 133 cidades brasileiras, segundo o levantamento feito pelo G1. Na estimativa dos organizadores, os protestos reuniram aproximadamente 193,4 mil pessoas pelo país. Nos dados da PM, foram 8.760.
DISTRITO FEDERAL
O DF amanheceu com estações do metrô fechadas. Os ônibus de todas as empresas também permaneceram nas garagens, apesar da determinação da Justiça para manter 50% do serviço.
Na BR-020, próximo ao Setor Mestre D’Armas, em Planaltina, manifestantes colocaram fogo em pneus por volta das 6h30. Nas rodovias do DF, as faixas exclusivas foram liberadas mesmo em horário de pico. Bancários, professores e servidores da Universidade de Brasília aderiram à paralisação.
O trânsito na Esplanada dos Ministérios foi bloqueado. As vias N1 e S1 foram fechadas pela Polícia Militar na altura da Rodoviária do Plano Piloto. Um cordão de revista da PM foi montado para monitorar bolsas e mochilas.
Militares da Força Nacional fizeram a segurança dos prédios dos ministérios.
RIO DE JANEIRO
No fim da tarde, manifestantes começaram a se concentrar em frente à Candelária, no Centro do Rio, de onde partiram em passeata. O protesto seguia pacífico até o grupo começar a dispersar, por volta das 20h.
Nesse momento, começou uma confusão, houve correria e um homem ficou ferido na cabeça. Bombas e fogos podiam ser ouvidos e houve relato de uso de gás de pimenta.
Por volta das 20h30 um grupo ateou fogo em lixo no meio da A Avenida Presidente Vargas, que precisou ser fechada da altura da Cidade Nova à Avenida Rio Branco. Os Bombeiros foram acionados e combatiam as chamas por volta das 20h40.
Nem a organização do ato nem a PM deram estimativa de participantes.
Protestos em vias importantes dificultavam a circulação no Rio de Janeiro pela manhã. A cidade entrou em estágio de atenção por causa dos protestos e do trânsito acima do previsto.
Manifestantes fecharam a Linha Vermelha, a saída para a Avenida Brasil da Ponte Rio-Niterói, a própria Avenida Brasil e o acesso ao aeroporto do Galeão. Houve uma manifestação no saguão do aeroporto Santos Dumont.
A associação de Docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) realiza um ato na Rua Pinheiro Machado, Zona Sul do Rio, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Metrô, trem, VLT, BRT e ônibus funcionavam normalmente pela manhã. Segundo as operadoras, eles foram reforçados para absorver o aumento da demanda devido aos bloqueios em grandes vias. A Prefeitura recomenda que a população utilize o transporte público para circular.
SÃO PAULO
Manifestantes contra as reformas da previdência e trabalhista protestaram na Avenida Paulista na tarde desta sexta-feira contra as reformas trabalhista e da Previdência do governo Temer. O ato começou por volta das 16h30 em frente ao Masp.
Na Paulista, um grupo ateou fogo em um pato inflável perto da sede da Fiesp. O animal amarelo foi símbolo de campanha da federação nos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff.
O ato seguiu pela Rua da Consolação, onde se dividiu em dois: a maioria ficou na Praça Roosevelt e o restante seguiu até o Viaduto do Chá, em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, onde houve um princípio de tumulto.
Uma das organizadoras do protesto, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) estima que 40 mil pessoas participaram. A PM não divulgou número de participantes.
No fim da tarde, a PM informou que deteve um grupo de pessoas com facas e usando coletes balísticos na Rua da Consolação. A assessoria de imprensa da PM não soube precisar o número exato de detidos. Eles foram levados ao 4º Distrito Policial, na Consolação.
Pela manhã, o transporte público funcionava normalmente na Grande São Paulo, mas manifestantes interditaram vias e rodovias da região desde cedo – Anchieta e Régis Bittencourt foram afetadas.
Acessos aos aeroportos de Congonhas, na Zona Sul, e de Cumbica, em Guarulhos, foram bloqueados, e manifestantes chegaram a entrar no saguão de Congonhas. No Centro da capital paulista, houve bloqueio na Avenida São João e a Polícia Militar jogou bombas de gás contra os manifestantes.
Com G1