Por Alisson Correia, do Portal Correio
Gustavo Teixeira Correa, corretor de imóveis, de 42 anos, foi preso por volta das 21h dessa sexta-feira (15), cerca de três horas depois da ocorrência que vitimou o taxista Paulo Damião dos Santos, também de 42 anos, no estacionamento de um supermercado do Bessa, em João Pessoa.
O coronel Lívio Delgado, que participou da ocorrência, disse à TV Correio que o suspeito tem posse de arma e curso de tiros. Apesar das buscas da polícia, a arma usada no crime não foi encontrada.
Vale lembrar que a posse de arma não permite que o usuário a transporte, mas que a tenha em algum local, que pode ser em casa, conforme previsto em lei. O porte de armas permite que o usuário saia com ela, mas ele só é autorizado para agentes de segurança pública, integrantes das Forças Armadas, policiais, agentes de inteligência e agentes de segurança privada.
O crime
Imagens de câmeras de segurança mostram quando o taxista chega ao local e tenta estacionar. Enquanto ele faz a manobra, duas pessoas tentavam passar na via em um Renault Clio branco, mas não conseguem justamente por causa do táxi.
Um homem no banco do carona desce do Clio irritado. É possível ver nas imagens as pessoas em volta olhando a reação dele. O suspeito vai até a janela do táxi, fala alguma coisa que é percebida por várias pessoas próximas, simplesmente saca a arma da cintura, dá alguns tiros na vítima e segue andando.
Sem nenhuma chance de defesa, o taxista ficou gravemente ferido e chegou a ser socorrido por carro particular para o Hospital de Trauma de João Pessoa, mas não resistiu e morreu.
De acordo com informações da TV Correio neste sábado (16), o corpo foi liberado pelo Hospital de Trauma para o Instituto Médico Legal (IML). O velório deverá ocorrer na funerária Rosa de Saron, em Jaguaribe, na Capital, e o sepultamento no cemitério do Cristo.
O presidente do Sindicato dos Taxistas da Paraíba (Sinditáxi), Adauto Braz, lamentou a morte do profissional por um motivo banal. “Era um trabalhador, um homem de família”, disse ele à TV Correio.
A prisão do suspeito
Depois do crime, o suspeito fugiu andando para casa onde mora, a 200 metros do local. Ele ficou trancado por cerca de três horas, com luzes apagadas, e segundo o coronel Lívio Delgado, teria dormido enquanto a polícia fazia o cerco na área.
A polícia rodeou a residência, de onde ele saiu algemado após negociações e aos gritos de “assassino”, de várias pessoas que acompanhavam a ocorrência.
Gustavo foi autuado em flagrante por homicídio doloso, quando há intenção de matar, levado para a Central de Polícia Civil, no Geisel, em João Pessoa.
Na tarde deste sábado, o suspeito passou por audiência de custódia, onde foi determinado que ele responderá ao processo preso no 1º Batalhão de Polícia Militar (1ºBPM), na Capital, conforme informou ao Portal Correio a delegada Roberta Neiva. “A medida foi tomada porque ele tem curso superior”, disse a delegada.
Porém, ao chegar ao 1º BPM, os policiais que faziam a escolta do suspeito foram informados que todas as celas do local estavam ocupadas. Com isso, Gustavo Teixeira Correa vai permanecer preso no 5º BPM, conforme informou a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Assista abaixo à cobertura da TV Correio para o caso