Líder da Força-Tarefa da Operação Lava Jato que comanda as investigações do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol deu a entender na tarde desta sexta-feira que a volta de Aécio Neves ao Senado poderá ter consequências.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, negou o pedido de prisão do tucano feito pela Procuradora-Geral da República (PGR), e permitiu que o parlamentar reassuma a sua cadeira no Senado.
Em sua página no Twitter, Dallagnol escreveu que não faltavam motivos para Aécio estar atrás das grades, e que agora, de volta ao Parlamento federal, o senador poderá inclusive articular em favor do fim da Lava Jato e pela anistia dos políticos envolvidos nas investigações.
Havia razões para estar preso, mas influenciará leis que governam nosso país. Livre inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia. https://t.co/WWdH4UfIz0
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) 30 de junho de 2017
“Havia razões para estar preso, mas influenciará leis que governam nosso país. Livre inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia”, comentou o procurador, líder da Força-Tarefa que apura os casos de investigados sem foro privilegiado, ou seja, na primeira instância.
Aécio Neves está livre para se comunicar com a irmã, Andrea Neves, e exercer as suas prerrogativas de parlamentar com foro privilegiado. O caso dele poderá ser revisto quando for analisado pela Primeira Turma do STF, o que não deve acontecer antes de agosto, na volta do recesso.
O tucano afirmou que “sempre acreditou na Justiça” brasileira, em comunicado logo após a decisão do Supremo.