Um segundo caso de malária foi registrado na Paraíba, novamente no município do Conde, Litoral da Paraíba. Um homem de 53 anos está em tratamento no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU) desde a última sexta-feira (5). Ele saiu do Trauminha de Mangabeira, após confirmar a doença por meio de exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen).
O homem apresentava um quadro clínico de febre alta e calafrios. No sábado (6), ele já não apresentava mais febre alta e já estava em tratamento, no entanto, internado no setor de doenças infecto-parasitárias.
O primeiro caso confirmado de malária também veio da cidade do conde. Uma mulher de 35 anos segue em tratamento no Hospital Universitário Lauro Wanderley. O tratamento estava previsto para terminar no sábado, mas não há previsão de alta porque ela precisa pasar por uma reavaliação médica.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Secretaria Municipal de Saúde do Conde, o homem com o segundo caso de malária é residente do município de Tavares, mas trabalha no Conde. As secretarias chamam a atenção para os seguintes casos suspeitos:
- toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para área endêmica para malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre alta e intermitente (periódica entre 42 a 72 horas) acompanhada ou não de cefaléia, calafrios, sudorese, cansaço ou mialgia;
- diante da suspeita, avaliar a clínica e solicitar teste rápido para malária e/ou gota espessa (lâmina);
- importante também investigar outras arboviroses como dengue, zika e chikungunya;
Segundo a SES, a Paraíba não é área endêmica para malária. De 1994 a 2018 foram notificados 175 casos suspeitos de Malária. Destes, 70 são de pacientes residentes na Paraíba e todos foram registrados como casos importados, ou seja, pessoas que se deslocaram para regiões endêmicas, foram infectadas e retornaram para o estado de residência. Nenhuma morte foi registrada.
Malária
A malária não é uma doença comum no Estado mas ela é transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles, que pode ser encontrado na Paraíba nas espécies An.aquasalis; An. albitarsis; An.bellator e An. Argyritarsis.
É necessário que o mosquito esteja infectado pelo protozoário Plasmodium nas espécies P. vivax, P. falciparum e P. malariae, que age na corrente sanguínea para causar a doença.
Além da transmissão por mosquito, a doença pode ser difundida por contato de uma corrente sanguínea com o sangue contaminado.
Do G1 PB