Inclusão, respeito e acessibilidade. Esses são três dos principais pilares defendidos pelo deputado federal e pré-candidato a Prefeitura de João Pessoa, Ruy Carneiro, na construção de uma João Pessoa mais acolhedora para as pessoas com deficiência. O parlamentar tem ampliado as conversas com a população e identificado graves problemas na infraestrutura das calçadas, plataformas elevatórias dos ônibus e paradas da capital.
O relato emocionado da cadeirante Eliane Nascimento reforçou a necessidade de intervenções emergenciais para tornar a cidade mais inclusiva. “Há dois dias eu sai de casa e estava na parada de ônibus. O primeiro chegou, mas a plataforma estava quebrada. Esperei o próximo, que também chegou com a plataforma quebrada. Enfim, eu voltei para casa. Eu não aceito isso. Ninguém deveria passar por isso”, desabafou.
Eliane revelou que o cenário é complicado até mesmo nos locais onde as ações de inclusão deveriam ter o mínimo de efetividade. “Moro no conjunto conhecido como 410, no Colinas do Sul. Ele ficou conhecido assim porque foi pensando para as pessoas com deficiência. O problema é que lá também não tem calçadas adequadas, infraestrutura, iluminação, segurança. Fica difícil. Espero e preciso, em nome do meu Deus, de melhorias nesses pontos”, enfatizou.
As denúncias se multiplicam nas diversas regiões da cidade e confirmam a necessidade de iniciativas urgentes para ampliar ações de acessibilidade e inclusão, defende Ruy. “As pessoas com deficiência também merecem respeito. Acessibilidade e inclusão são pilares básicos de uma cidade que se preocupa de verdade com as pessoas. Isso tá faltando na atual gestão. A Prefeitura precisa garantir soluções efetivas e emergenciais, principalmente em relação as plataformas elevatórias nos ônibus, calçadas e rampas de acesso”.
O deputado também alertou que grande parte das reclamações estão ligadas ao sucateamento do sistema de ônibus e a mobilidade nas ruas da cidade. “A maioria dos ônibus que circulam em João Pessoa estão com problemas nas plataformas elevatórias. Praticamente toda semana vemos registros desses equipamentos travados e atrasando a vida dos passageiros. As calçadas e rampas de acesso também estão muito distantes do ideal. A gestão não pode prejudicar a vida de quem mais precisa. Pelo contrário, ela tem que dar soluções”, concluiu.
Na contramão das cidades mais inclusivas, a Prefeitura da capital retirou o direito à gratuidade das pessoas com deficiência nos ônibus “geladinhos”. Recentemente, a gestão ainda permitiu que o consorcio que administra o sistema de ônibus de João Pessoa também construísse um Terminal de Integração com problemas de acessibilidade. Além de tudo isso, a população pessoense ainda paga a segunda passagem mais cara entre as capitais do Nordeste, com a tarifa de R$ 4,90.