O ex-governador Ricardo Coutinho se defendeu das acusações de corrupção que pesam sobre ele na Operação Calvário, em sua primeira entrevista depois de ter sido preso em 2019. “Na verdade, quem tem que provar que existe uma Orcrim, não sou eu. Estou sendo acusado injustamente”, disse. A entrevista na rádio Sanhauá AM teve início ao meio-dia desta sexta-feira (13), o programa termina às 14h.
Ricardo Coutinho sustenta que é inocente e questiona a falta de provas do processo. “O Ministério Público até hoje não conseguiu apresentar uma única prova e nem vai”, afirmou.
“Essa suposta organização criminosa se abate sobre oito produtos comprados, que o governador não tem qualquer ingerência. O governador não faz esse tipo de coisa como tentaram levar a população da Paraíba a crer”, comentou Ricardo, destacando que toda a denúncia leva em conta oito produtos e dois contratos com Organizações Sociais. Ele insistiu em dizer que não há superfaturamento nos contratos.
“Eu não sou o primeiro nem serei o último a ser acusado com essa doença que tomou conta do Brasil nos últimos anos”, disse ele. O ex-governador comparou a situação em que se encontra com a investigação da Lava-Jato, que, segundo ele, hoje está totalmente desacreditada.
“Não creio que seja razoável, dentro de um estado democrático de direito o que o Ministério Público faz. Não estou falando da instituição, mas de alguns membros da instituição”, afirmou.
Ricardo Coutinho ainda disse que seu governo foi o melhor que o estado já teve. “Eu fiz, modéstia a parte, o melhor governo que essa Paraíba já viu. Fizemos com que o dinheiro do povo, que não aparecia antes, aparecesse”.
“Como é que você pode dizer que o governo mais operoso do estado da Paraíba tinha uma Orcrim (Organização Criminosa)?”.
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