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sábado, 27 abril 2024
                             

Quais lideranças sairão fortalecidas no ‘pós resultado’ de 2 outubro em Rio Tinto?

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Felipe França
Felipe França
Diretor executivo do PBVale, acadêmico do curso de jornalismo, repórter colaborador da Rádio Correio do Vale FM, e obteve registro profissional de Radialista em 2008 no Curso Técnico de Rádio e Televisão. FUNETEC-PB

No próximo domingo, dia 2 de outubro, o eleitor riotintense irá as urnas para participar do processo eleitoral das eleições gerais para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

O resultado eleitoral expresso pela população neste primeiro turno, poderá fortalecer, projetar, ou até revelar a fragilidade política de alguma das lideranças que estão apoiando os postulantes à Câmara Federal e a Assembleia Legislativa. Nestes dois últimos cargos, temos por consenso ser o verdadeiro ‘tira-teima’ do poder de transferência de votos por estes líderes.

Vamos aos casos

No cenário mais aguardado há a provável disputa entre o candidato da prefeita Magna Gerbasi, o sertanejo Chico Mendes (PSB) x Danielle do Vale (Republicanos). Estes contam com o apoio do maior número de lideranças na cidade.

No grupo da prefeita, Chico Mendes tem o apoio dos vereadores Felipe Pessoa, Dr. Edson, Cacique Sandro, Valdirene do Sindicato, Boquinha de Piabuçú e Leninha de Barra. Além de suplentes e outras lideranças que formam a estrutura do governo municipal.

A candidata Danielle do Vale, conta com os apoios do vice-prefeito Fabinho de Brizola (recém rompido com a prefeita), dos ex-prefeitos Dr. Braga e Dudu de Brizola, vereador Peu da Galinha, Pereira, Luan Potiguara, Lúcio de Jaraguá, suplentes, ex-vereadores e outras lideranças comunitárias.

Em política, vez ou outra a lógica é contrariada. No entanto, nas bolsas de apostas espera-se com expectativa a contagem do voto a voto para saber quem desses dois será o majoritário em Rio Tinto.

Já o ex-prefeito Fernando Naia ao tomar a decisão de deixar o grupo de Danielle, partiu para o grande desafio de apoiar em ‘carreira solo’, a candidatura do jovem Michel Henrique (Republicanos), candidato considerado de forte estrutura, assim como Chico Mendes e Danielle. Aqui, os riotintenses também estarão com os olhares voltados para o resultado de Naia, por se tratar de um ex-prefeito com pretensões já revelada de disputar novamente a Prefeitura, no entanto, sem o poder da caneta municipal, nem as indicações no governo estadual.

Outra liderança que ‘briga’ na tabela dos mais votados, é o vereador e candidato a deputado federal Raphal Txutxuca. Este tem dois resultados jogando ao seu favor. Apoia um candidato da região: Eduardo Brito. E também se apresenta na disputa federal, como um candidato do Vale. Raphael poderá ter a vantagem da transferência mútua do voto. ‘Eleitor solto’ de Eduardo poderá votar em Raphael, e vice-versa. Na última eleição, sozinho, Txutxuca conseguiu 1.072 votos para Trocolli Jr, sendo o terceiro mais votado na cidade.

O ex-candidato a prefeito de Rio Tinto e ex-vereador Nel Barão, conseguiu para um candidato desconhecido no município, Anderson Monteiro, 921 votos em 2018. Uma demonstração clara de potencial poder de transferência de votos. Nel, assim como Raphael, não tinha lideranças de mandato apoiando seus candidatos. É importante ressaltar também que, repetir essa votação com duas candidaturas autênticas da região, com Danielle e Eduardo em cima do eleitor de Rio Tinto praticamente 24 horas, não é fácil. Se Nel conseguir se aproximar da votação dada em 2018, terá conseguido um grande feito.

Outra liderança que tem ocupado o ‘top 6’ dos mais votados, é a cacique e vereadora Cal. Contando com a força apenas do seu grupo no segmento indígena, a cacique nas duas últimas eleições passou da marca dos 500 votos para o experiente Edmilson Soares, que agora lançou seu filho, Tanilson Soares. Nos bastidores, Cal tem revelado o desejo de ir pra uma disputa na majoritária em 2024, e ela sabe que 2 de outubro será praticamente um vestibular para chegar no páreo nas eleições municipais.

Por último temos o jovem Luan Potiguara que terá a oportunidade de mostrar sua liderança em áreas específicas do eleitorado rio-tintense. Considero neste caso, que a ‘prova dos 9’ de Luan serão as urnas de Vila Regina e Jaraguá, onde mantém presença e atuação política constante. Há no caso de Jaraguá, uma margem a mais de conforto, quando o suplente de vereador Lúcio também apoia os mesmos candidatos. A articulação de Luan será verificada mais pela votação dada a Murilo Galdino (federal), do que por Danielle. Nessas áreas há outras lideranças que apoiam Danielle do Vale.

Para não correr o risco da última eleição estadual, quando Dr. Braga apoiou o deputado estadual Eduardo Carneiro, obtendo apenas 479 votos, este preferiu se unir aos grupos consolidados de Danielle do Vale e Murilo Galdino. Com atuação já conhecida na área da medicina, Braga atende de amigos a ‘inimigos políticos’ quando lhes procuram. Desta vez optou pela ausência da responsabilidade direta de dar o voto, e de quebra, poderá ser o vice de Fabinho em 2024.

Outro resultado que poderá mexer fortemente com o tabuleiro político de Rio Tinto será a eleição para governador. No entanto, é impossível fazer maiores observações neste momento, dada a possibilidade da eleição ser definida apenas em segundo turno.

Se João surpreender e conseguir vencer as eleições em primeiro turno, como em 2018, isso aumentará a concentração de forças nas mãos da prefeita Magna Gerbasi para 2024. A preço de hoje a campanha para governador se encaminha para um segundo turno.

Ainda é preciso aguardar o resultado das urnas para governador em Rio Tinto.

No grupo da situação há uma tendência de fidelidade dos liderados da prefeita no voto para governador. Já o eleitor mais independente tende a se descolar da indicação das lideranças para governador. Em 2014, sem o apoio de lideranças com mandatos, Ricardo Coutinho teve ampla vitória em Rio Tinto, quando Cássio tinha o apoio majoritário da representação política na cidade. Porém, cada eleição é uma história.

Ao resultado das urnas no próximo domingo (2) voltaremos com a análise sobre quem saiu fortalecido e/ou quem estacionou ou se enfraqueceu politicamente.

PBVale

 

 

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