O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, terá direito a duas horas diárias de banho de sol no bloco 5 do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde ficará preso.
Dois anos depois de fugir para a Itália a fim de evitar cumprir pena de 12 anos e 7 meses por condenação no julgamento do mensalão do PT, Pizzolato chegou preso na manhã de sexta (23) ao Brasil, extraditado pelo governo italiano. Como o tempo em que ficou detido na Itália (um ano e oito meses) será descontado da pena, o ex-diretor do BB poderá solicitar a progressão para o regime semiaberto a partir de junho de 2016.
O subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, João Lossio, disse que Pizzolato dividirá a cela com outros dois presos – Elton Antonio dos Santos, condenado por estupro e violência doméstica, e José Carlos Alves dos Santos, ex-assessor do Senado que cumpriu pena pela morte da esposa e foi condenado pelo chamado escândalo dos anões do Orçamento nos anos 1990.
Segundo João Lossio, a cela do ex-diretor do Banco do Brasil fica no bloco 5, tem 21 metros quadrados, um vaso sanitário, um chuveiro com água quente, três beliches e uma mesa de plástico. Pizzolato pediu informações sobre o procedimento para receber livros, informou Lossio.
De acordo com o subsecretário, a cela ocupada pelos três está na ala de “vulnerárveis”, ou seja, idosos e presos que ficam sem contato com os demais devido ao risco de sofrerem algum tipo de violência.
Na mesma ala, está Ramon Hollerbach, outro dos condenados no julgamento do mensalão do PT. De acordo com o subsecretário, dividem a cela com Hollerbach o ex-deputado Natan Donadon e um preso condenado por estupro. No total, a ala tem 27 presos (91 no bloco 5), informou Lossio.
Pizzolato chegou à prisão portando 231 euros, que serão entregues a um familiar. Segundo o subsecretário Lossio, ele poderá receber até R$ 125 por semana para compras na cantina do presídio.
Da Redação, com G1