A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu, nessa quinta-feira (16), parecer favorável a investigações contra parlamentares e comunicadores da Paraíba apontados como apoiadores públicos dos ataques aos Três Poderes ocorrido em 8 de janeiro.
O posicionamento ocorre no âmbito de notícia-crime apresentada pelo PSOL da Paraíba. A ação cita o deputado estadual Wallber Virgolino (PL); o deputado federal Cabo Gilberto (PL); a vereadora de João Pessoa Eliza Virgínia (PP); o radialista e ex-candidato ao Governo do Estado Nilvan Ferreira (PL); e a jornalista e suplente de deputada federal Pâmela Bório (PSC).
De acordo com subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, Wallber Virgolino, Nilvan Ferreira e Eliza Virginia devem ser investigados no inquérito que trata da autoria intelectual ou instigação dos ataques cometidos em 8 de janeiro. Já Pâmela Bório, conforme a mesma decisão, deve ser investigada no inquérito sobre executores materiais dos atos criminosos.
A PGR também pediu que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar avalie se houve irregularidade na conduta do deputado federal Cabo Gilberto. Veja o documento na íntegra.
O advogado do PSOL, Olímpio Rocha, espera que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso, acate os pedidos da PGR e determine a investigação dos paraibanos.
A ação movida pelo PSOL também pedia avaliação da possibilidade de decretação de prisão preventiva dos parlamentares e comunicadores, visando a “manutenção da ordem pública”, e suspensão do acesso dos citados às redes sociais, mediante bloqueio de perfis no Instagram, Twitter, Facebook e demais sítios eletrônicos. Essas solicitações, no entanto, foram negadas.
Ao Correio Debate, da Rede Correio Sat, Cabo Gilberto atacou o PSOL, dizendo que o partido é “desmoralizado” e “quer aparecer”. Nilvan Ferreira afirmou que resultado já era previsto, que respeita apuração da denúncia, mas considerou a ação natimorta. Walber Virgolino falou que está tranquilo e não tem medo de ser investigado. Eliza Virgínia defendeu que apuração é válida, mas acusou o PSOL de perseguição para “tentar tirar o mandato” dela. Pâmela Bório não foi encontrada.
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