Duas causas históricas e simbólicas marcaram Rio Tinto e região. A primeira, a aquisição por parte do Governo do Estado das casas da Companhia de Tecidos Rio Tinto e a entrega aos atuais moradores. A segunda, também uma luta de décadas, foi a homologação das terras da aldeia Monte-mor na região da Vila Regina.
Embora essas lutas não tenham se iniciado no cacicado de Sandro Gomes, ele se destacou pelo seu corajoso posicionamento, honrando a árdua história de resistência dos povos potiguaras e o sonho dos riotintenses pela casa própria. Sandro tem feito história e, sem dúvida, será lembrado por sua atuação firme e comprometida.
Além de seu papel de liderança, Gomes teve o cuidado de não atrair para si todo o reconhecimento por essas conquistas, ressaltando que elas fazem parte de uma luta coletiva e de longa data. Durante entrevista à imprensa da região, o cacique falou e reconheceu bem, aos que contribuíram para esses avanços, e que já partiram, sem ter a alegria de presenciar este momento histórico.
“Esta é uma conquista histórica que começou através do nosso ancião que já se foi, Vicentinho, seu Valdemar, Caboquinho, Capitão, cacique Aníbal, cacica Cal, pajé Valdecir, Josafá, entre outros”, afirmou Sandro Gomes, destacando a importância de cada um na trajetória de luta e conquista dos direitos da comunidade.
Com coragem e respeito pela memória dos que vieram antes, Sandro demonstra o verdadeiro espírito de liderança, garantindo que o legado dos povos potiguaras continue vivo e respeitado pelas futuras gerações.
Por Felipe França