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domingo, 24 novembro 2024
                             

Nova lei afasta políticos do comando de estatais e afeta nomeações na PB

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Redação PB Vale
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Com a nova configuração da política nacional, após o afastamento provisório, e talvez permanente, da presidente Dilma Rousseff, muitos dirigentes de órgãos federais, empresas estatais e de economia mista aqui na PB foram exonerados ou pediram para sair. As relações partidárias dos padrinhos e do próprio dirigente motivaram a decisão.

A lei das estatais aprovada pelo Senado esta semana, e que deve ser sancionada pelo presidente interino Michel Temer, garante que os novos nomes para os cargos de direção não sejam políticos, líderes de partidos e ex-candidatos a cargos públicos. O projeto é considerado um passo para moralização das estatais.

A mudança é um avanço importante, mas sabemos que o nosso jeitinho pode tornar a lei uma falácia. A prova disso está diante dos nossos olhos. Praticamente, todos os diretores da empresas envolvidas no esquema da Lava Jato eram funcionários de carreira: Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró. Eram técnicos, com anos de experiências nas estatais, mas que foram “abençoados” por políticos para crescer profissionalmente e seguir a cartilha determinada.

A certeza da impunidade

Eles tinham proteção, mas, principalmente, a certeza da impunidade e da fragilidade das leis. É nisso que devemos focar: em mais punição para os crimes de corrupção. As 10 medidas do MPF contra a roubalheira, entregues ao Congresso Nacional como projetos de lei de iniciativa popular,  são um exemplo disso. A “cultura da corrupção” tomou conta de muitas de nossas instituições e sem engajamento social nada vai mudar.

Óbvio que as pressões políticas e o desejo de vitoria eleitoral vitaminam muitas distorções e estarão presentes nas relações atuais. Porém, é tempo de iniciar um movimento para evitar que a política suja continue contaminando dirigentes. Por outro lado, eles não podem acreditar que o crime compensa.

Entre as empresas e órgão federais que podem ser afetados com a decisão, temos: Fundação Nacional de Saúde (Funasa), INSS, Departamento de Obras Contra as Secas (Dnocs), Dnit, Ibama, CBTU, INSS, DRT, Correios, Conab, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa.

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