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quarta-feira, 6 novembro 2024
                             

MPE acusa governador RC de abuso de poder e pede cassação

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Redação PB Vale
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Ricardo Coutinho e Lígia Feliciano são acionados e MPE pede cassação dos dois mandatos.
Ricardo Coutinho e Lígia Feliciano são acionados e MPE pede cassação dos dois mandatos.

“Processo aponta irregularidades na campanha e cita ainda secretários da equipe do gestor do Estado; Ricardo não quis comentar o caso.”

O Ministério Público Eleitoral (MPE) protocolou no início da tarde desta quarta-feira (17), no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o governador Ricardo Coutinho (PSB) e a vice-governadora eleita, Lígia Feliciano (PDT) por abuso de poder político e econômico praticado nas últimas eleições.

A Aije foi encaminhada para a Corregedoria do tribunal, sob relatoria do juiz corregedor, Tércio Chaves. Na ação, assinada pelo procurador geral eleitoral, Rodolfo Alves, o MPE pede a cassação dos diplomas de Ricardo e Lígia e a inelegibilidade de oito anos para eles.

Também são réus na ação o secretário de Cultura, Chico César; a de Educação, Márcia Lucena; o de Saúde, Waldson de Souza; o de Turismo, Renato Feliciano; e o coordenador do programa Empreender-PB, Antônio Eduardo Albino.

Segundo o MPE, a ação é fundamentada no que foi apurado nas investigações realizadas em oito procedimentos administrativos, relacionados ao evento ‘Plenária de cultura’; distribuição de kit escolar com frase alusiva ao governo do Estado; nomeação e contratação de servidores; e utilização do programa de governo Empreender -PB.

Na ação, também ressalta-se que “o abuso de poder econômico encontra-se igualmente configurado nos autos a partir do desvio de finalidade no uso da máquina pública com o consequente gasto de vultosas quantias que estavam à disposição do então candidato à reeleição e atual governador do Estado da Paraíba. Outro ponto considerado sobre o do abuso de poder econômico foi a influência exercida sobre as pessoas beneficiadas com a distribuição de recursos públicos, ainda que na forma de salários, como no caso de cargos, empregos e funções, “as quais se sentem estimuladas a votar no candidato promovente”.

Para a Procuradoria Regional Eleitoral, as condutas descritas afetaram a igualdade de oportunidades entre os candidatos no pleito eleitoral, em detrimento daqueles que não têm a mesma possibilidade de usar a máquina pública em proveito das candidaturas. “A situação de ilícita vantagem em relação aos demais concorrentes ao pleito é, pois, evidente”, afirma a PRE/PB, na petição assinada pelos procuradores regionais eleitorais Rodolfo Alves Silva e Victor Carvalho Veggi.

A reportagem tentou contato com o secretário executivo de Comunicação do Estado, Célio Alves, que também atuou como coordenador da campanha de Ricardo para que ele falasse sobre o processo, mas as ligações não foram atendidas.

Na última terça-feira, a Corregedoria do TRE-PB recebeu uma AIJE contra Ricardo Coutinho, impetrada pela coligação “A Vontade do Povo”, que teve Cássio Cunha Lima (PSDB) como candidato ao governo do Estado. Na ação, Ricardo é acusado de promover excessivos gastos com publicidade ao longo deste ano.

Da redação, Por Michelle Farias 

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