O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito sobre o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho. O ministro e ex-senador pela Paraíba é suspeito de receber vantagens indevidas no valor de R$ 350 mil. As investigações foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Segundo a assessoria de imprensa, o ministro do TCU Vital do Rêgo Filho não conhece o pedido de abertura de inquérito e o paraibano pretende colaborar com as autoridades, ressaltando que ele não tem envolvimento com os fatos da investigação.
“O ministro do TCU Vital do Rêgo e sua defesa não tiveram acesso ao conteúdo do pedido de abertura de inquérito mencionado pela imprensa. O ministro está à disposição das autoridades e confia que será comprovada a falta de relação entre ele e os fatos investigados”, diz a nota.
A lista publicada pelo STF contém 9 ministros, 29 senadores e 42 deputados federais. O teor das decisões de Fachin não foi divulgado oficialmente.
O inquérito foi feito com base nas delações dos executivos da Odebrecht Fernando Luiz Ayres e José de Carvalho Filho. Fernando Luiz Ayres descreve a realização de pagamentos destinados a políticos ligados ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), solicitados pelo presidente da Petrobras Transportes (Transpetro), Sérgio Machado.
Fernando Luiz Ayres relatou que houve um pedido específico de repasse de vantagem para a campanha de Vital do Rêgo, feito por meio de contabilidade paralela e não oficial. José de Carvalho Filho, por sua vez, confirmou ter feito um repasse de R$ 350 mil a Vital do Rêgo, a pedido de um assessor do ex-senador Sérgio Machado.
Do G1PB