Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a atacar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao considerá-lo, em entrevista nesta segunda-feira (7), desqualificado e sem preparo jurídico nem emocional.
“Quanto a Janot, eu o considero o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da procuradoria. Porque ele não tem condições, na verdade não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir algum órgão dessa importância”, avaliou o ministro em entrevista à Rádio Gaúcha.
Ele também pôs em xeque as delações da JBS e disse acreditar que os acordos, que foram homologados por Janot, serão reavaliados.
“Tenho absoluta certeza de que o será. Como agora a Polícia Federal acaba de pedir a reavaliação do caso do Sérgio Machado, que é um desses casos escandalosos de acordo. Certamente vai ser sucitado em algum processo e será reavaliado”, disse.
Sobre a Lava Jato, o ministro destacou o papel importante da operação, mas considerou que podem ocorrer equívocos.
“Não é verdade que eu tenha dito que a Lava Jato deixou de ser importante. Acho os trabalhos extremamente importantes, mas isso não me compromete com eventuais equívoco. Sempre fui uma voz vencida na segunda turma quanto ao aumento das prisões da Lava Jato. Foi eu que votei o habeas [corpus], fui o terceiro voto, de desempate, no caso do Dirceu [José Dirceu]”, justificou.