Em entrevista à rádio Correio 98,3 FM nesta sexta-feira, o deputado federal Hugo Motta (PMDB) revelou a existência de acordo interno no PMDB, de cujo rompimento se queixou o deputado estadual Gervásio Maia, para alternância da presidência do diretório municipal de João Pessoa entre Gervásio e o deputado federal Manoel Júnior, que foi reeleito. Com a quebra do acordo, Gervásio Maia acabou perdendo o comando da legenda na capital. Motta, no entanto, defende que o rompimento se deu por uma necessidade conjuntural de fortalecer as oposições na cidade.
“O acordo para esta alternância foi feito. Nós, inclusive, participamos. Mas entendo que Manoel Júnior tem hoje mais condições de unir as oposições e apresentar um projeto viável para a cidade”, defendeu Hugo.
“Defendo que o PMDB tenha candidatura própria em João Pessoa. Um partido desse tamanho não pode abrir mão de disputar, tem que por um nome pra população dizer se aprova ou não. E Manoel Júnior é um grande nome, tem condições de contribuir, Manoel foi prefeito [em Pedras de Fogo], conhece os problemas de João Pessoa, já esteve pra disputar por duas ou tres oportunidades e foi retirado do porcesso por algumas circunstâncias”, elencou.
Ele disse que, na ocasião do acordo, propôs que Gervásio, ao assumir a presidência do partido, passasse a defender a candidatura própria do PMDB em João Pessoa. Se ele tivesse interesse de se lançar pré-candidato, seria feita uma pesquisa interna e o melhor colocado seria lançado para a disputa. “Desta forma, teríamos o entendimento e o fortalecimento da candidatura, com os dois parlamentares sendo protagonistas do processo”, explicou.
Queixas de Vene – O parlamentar também comentou as insatisfações reveladas pelo colega de bancada, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo, que teria queixas ao partido na Paraíba. Mas negou que o ex-prefeito de Campina Grande vá deixar a legenda por esta razão.
“Não chega a ser processo de radicalização nem vejo que ele va deixar o PDMB. Veneziano tem uma ligação muito forte com o nosso partido, hoje ele é uma liderança estadual. Teve uma boa votação em Campina Grande, contrariando toda e qualquer projeção de quem dizia que a gestão tinha sido desgastada. Na visita da presidente Dilma, foi ovacionado, mostrando que está vivo politicamente. Insatisfação eu tenho, Veneziano tem, qualquer um pode ter, mas descarto a saída dele”.
Com ParlamentoPB