O arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Aldo Pagotto declarou durante entrevista ao PBVale, que não irá mais participar de protestos como o do dia 12 de abril, por ter sido duramente criticado nas redes sociais e veículos de comunicação do Estado.
“Acredito que não vou mais fazer isso, porque fui tão criticado. Agora, eu fiz de coração, eu não fiz pra derrubar ninguém. Mas, um protesto a favor de um Brasil sem corrupção. Só isso”, declarou.
“Eu fui criticado, mas não vou mais fazer isso. Porque não precisa, acredito que posso fazer muito mais dando outros exemplos. Inclusive estou querendo promover alguns fóruns de cidadania sobre educação, saúde, segurança pública, do quê que a igreja pode realmente contribuir pra construção da sociedade”, opinou Pagotto.
Segundo o arcebispo, o Brasil parou de crescer, citando o aumento do desemprego e da inflação.
Padre na política
De acordo com Dom Aldo, padre não pode participar de política partidária. “Há dez anos quando vim pra cá, a orientação da santa sé continua essa: padre que quer ser político partidário, disputar, e exercer cargo, não exerce nenhuma função eclesiástica. Porque a igreja vai ser confundida com um partido”, afirmou.
“Na hora que eu puser uma bandeira nas minhas costas, eu posso ser confundido. Eu corro esse risco, não quero correr mais”, pontuou.
O arcebispo da Paraíba compareceu as manifestação dos dias 15 de março e 12 de abril, realizadas no Busto de Tamandaré, em João Pessoa, para protestar contra os escândalos de corrupção no país.
A entrevista do arcebispo se deu em razão de sua visita a cidade de Rio Tinto. Dom Aldo foi o celebrante na missa na igreja matriz, da abertura do novenário em comemoração a padroeira do município de Santa Rita de Cássia, que acontece entre os dias 13 á 22 deste mês.
Da redação
PBVale