
A cidade que já foi Capital da Paraíba por ocasião da passagem do então imperador D. Pedro II, completa nesta segunda-feira (25), 166 anos de emancipação política. Desde que passou a ser oficialmente emancipada, pelo menos quatro políticos natural da cidade centenária tiveram a oportunidade de governar o Estado da Paraíba.
Um deles governou ainda como Província da Paraíba, no período Imperial, sendo Barão de Mamanguape (Flávio Clementino da Silva Freire). Formado em Direito e proprietário de uma fazenda de açúcar, Flavio Clementino governou o Estado nos anos de (1853, 1854, 1855, 1861 e 1876 a 1877). O título de ‘Barão de Mamanguape’, se deu por meio do decreto imperial de 14 de março de 1860.

Já no período Republicano, João Pereira de Castro Pinto foi o segundo mamanguapense e o 9º governador na sequência geral a partir da nova República. Graduado em direito pela Faculdade do Recife, tendo exercido também funções de jornalista e na área jurídica, Castro Pinto chegou ser eleito deputado federal (1906), e senador em (1908), tornando-se em (1912), governador da Paraíba, ocupando o cargo até 24 de julho de (1915).

O terceiro filho de Mamanguape a governar o Estado foi o usineiro e advogado João Fernandes de Lima, nascido em 5 de julho de 1901. Após ser eleito deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa em 1947, João ocupou o cargo de vice-governador em 1950, com 145.633 votos.
Em 1953 assumiu o governo da Paraíba, ficando até 1954, no período que o governador eleito, José Américo de Almeida, assumiu a pasta do Ministério de Viação e Obras Públicas no governo do presidente Getúlio Vargas. João Fernandes faleceu em 1980, em Niterói-RJ.

O quarto mamanguapense a ocupar a cadeira do maior cargo político do estado foi José Fernandes de Lima. Prefeito de Mamanguape entre 1940 e 1945, foi deputado estadual de 1950 até 1986, além de ocupar em duas oportunidade a presidência da Assembleia Legislativa. Após a renúncia do governador Pedro Gondim em 1960, José Fernandes assume o governo da Paraíba na qualidade de Presidente da Assembleia Legislativa, governando de 18 de março de 1960 até 31 de janeiro de 1961.
A redação do Portal considerou na matéria os ocupantes do cargo de governador que surgiram do meio político. No entanto, houve ainda um outro mamanguapense que ocupou o cargo interinamente: o desembargador Marcos Cavalcanti de Alburqueque, que assumiu enquanto presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, em razão de licença tirada pelo governador Ricardo Coutinho.
História
A antiga área de ocupação de Mamanguape compreendia territórios hoje pertencentes a dez municípios: Rio Tinto, Baía da Traição, Marcação, Itapororoca, Jacaraú, Pedro Régis, Curral de Cima, Capim, Cuité de Mamanguape e Mataraca, contando com praias como Barra de Mamanguape e Praia de Campina, hoje pertencentes a Rio Tinto.
A foz do rio Mamanguape e suas adjacências já eram frequentadas por navegantes franceses, antes dos portugueses iniciarem a colonização da Paraíba, em 1575. No fim do século XVI e começo do século XVII, Mamanguape principiou a ser colonizado, destacando-se o pernambucano Duarte Gomes da Silveira, como o mais esforçado dos seus povoadores.
Por Felipe França/PBVale