O deputado federal Alexandre Frota foi expulso do PSL nesta terça-feira (13) após reunião do diretório do partido. De aliado, passou a crítico do governo e do presidente Jair Bolsonaro, seu correligionário.
Segundo o Metrópoles, o combustível para a crise veio da votação da reforma da Previdência. Frota decidiu se abster na análise da proposta em segundo turno, contrariando a orientação da legenda. O parlamentar reagiu ao ser destituído da vice-liderança da sigla na Câmara dos Deputados.
Na semana passada, o ex-ator minimizou a crise com o PSL. Na quarta-feira (07), disse que havia recebido o convite de sete partidos. Entre as siglas, estariam o PP, o Podemos, o PSDB e o DEM.
Frota se elegeu com 155 mil votos, na esteira da onda que consagrou Bolsonaro e muitos candidatos do PSL em outubro de 2018. Desde o início do mandato, entretanto, foi se afastando do governo e de vários de seus mais vistosos aliados, como a deputada Carla Zambelli.
O congressista optou por não se alinhar automaticamente a todas as decisões de Bolsonaro, e, ao se dizer “decepcionado” com a atuação do correligionário nos primeiros meses, entrou na mira dos bolsonaristas mais ferrenhos no partido.
Ele criticou, por exemplo, a nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, para a embaixada do Brasil em Washington.