Nove pessoas foram presas durante a Operação Nefasta, deflagrada na madrugada desta terça-feira (12) pela Polícia Civil nas cidades de Guarabira e Mamanguape. A ação, que mobilizou equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) e do Grupo Tático Especial da Delegacia de Mamanguape, desarticulou dois grupos criminosos. Militares do Corpo de Bombeiros também participaram da operação, para garantir o socorro, mas não houve ocorrências.
Entre os nove presos, está o líder das organizações, conhecido por “Alisson Pezão”, apontado pela polícia como o responsável por tráfico de drogas, homicídios e assaltos na região. De acordo com o delegado Walter Brandão, titular da Delegacia Seccional de Mamanguape, as investigações começaram há cerca de seis meses e a estimativa é que os presos estariam agindo há, pelo menos, dois anos.
Brandão conta que os dois grupos criminosos possuíam duas ramificações. Uma delas agia na cidade de Guarabira e atacava caminhoneiros. “Eles recebiam informações sobre rotas e horários em que os caminhoneiros iriam passar pela cidade, por meio de um comerciante, que também foi preso. Os caminhoneiros eram sequestrados, ficavam em cárcere privado e eram roubados. Já em Mamanguape, o grupo praticava assaltos, homicídios e tráfico de drogas”, afirmou o delegado.
Em Guarabira, foram presos Pedro Paulo Avelino Fernandes, Wellington da Conceição (mais conhecido como Pindunga), Diomar Pereira, Magna da Silva Inácio, Elisson Evaristo da Costa (mais conhecido como Elissinho). Já em Mamanguape, os policiais localizaram Ana Cristina Morais, Alisson da Silva Azevedo (Pezão) e Leandro Lira da Silva (Leo Jangada). O último preso, encontrado na cidade da Baía da Traição é conhecido como “Val do Pastel”.
A operação “Nefasta” recebeu esse nome em alusão à destruição que é causada pelos criminosos na vida de suas vítimas. Segundo Walter Brandão, os grupos desarticulados na manhã desta terça costumavam agir com extrema violência, chegando até mesmo a atirar contra a casa de um policial civil na cidade de Guarabira e a colocar armas de fogo na cabeça de crianças. “Eles atacavam casas localizadas na zona rural, onde ameaçam e roubavam e chegaram até a ameaçar atirar nas crianças, que se assustavam com a violência empregada”, declarou o delegado.
Os presos estão cumprindo mandados de prisão preventiva. Eles serão apresentados em audiência de custódia e, em seguida, serão levados a presídios, onde ficarão à disposição da Justiça. “Estamos realizando operações para retirar esses criminosos de circulação e garantir mais segurança e tranquilidade para a população”, destacou Walter Brandão.