O trabalho investigativo da Polícia Civil da Paraíba teve como resultado a prisão de um dos envolvidos no desaparecimento da vendedora Vivianny Crisley, 29, ocorrido na madrugada do dia 21 de outubro, depois que saiu de uma casa de shows, na zona sul de João Pessoa. O estoquista Alex Aurélio Tomas dos Santos, 22, foi apresentado pela Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, na manhã desta sexta-feira (11), na Central de Polícia Civil, como um dos suspeitos do desaparecimento dela. Foi também divulgada a identificação de outros dois homens, que estão foragidos: Jobson Barbosa da Silva Júnior, e Fagner das Chagas Silva, que a polícia também aponta como responsáveis pelo desaparecimento.
De acordo com o delegado Reinaldo Nóbrega, as investigações foram iniciadas quando a tia de Vivianny compareceu à Delegacia de Homicídios e registrou o Boletim de Ocorrência acerca do desaparecimento, ainda no dia 21 de outubro. “No sábado, dia 22, já estávamos com as imagens da casa de show. A partir de então, por meio de aplicativos, rastreamos o celular da vítima, que foi encontrado com uma pessoa na cidade de Bayeux. Esse cidadão, autuado por receptação, afirmou que o aparelho teria sido adquirido em uma feira de troca e deu as características do vendedor: Alex. Com o aparelho de Vivianny em mãos, encontramos arquivos excluídos, entre eles as fotos da jovem e verificamos que uma das redes sociais tinha sido ‘logada’ por Alex, que foi preso em Campina Grande em cumprimento de mandado de prisão temporária, no dia 4 de novembro”, detalhou.
À Polícia o preso afirmou que conhecia Jobson e Fagner há pouco tempo e que saiu da casa de shows com os dois e Vivianny em um veículo, se dirigindo à cidade de Santa Rita. Segundo ele, que teria dormido, os foragidos teriam parado em um posto de combustível, momento em que pediu para ser deixado em casa. “Ele afirma que ficou em sua residência, em Santa Rita, e mais tarde teria encontrado novamente com os outros dois, que confessaram ter assassinado Vivianny motivados pelo fato de ela estar gritando para ir para casa. Contudo, não acreditamos nessa versão”, frisou a autoridade policial.
Por meio de investigações e do depoimento de Alex, a Polícia chegou a identificação completa de Jobson e Fagner, que estão foragidos. “Ambos estão com mandados de prisão em aberto. Divulgamos essas fotos, a identidade deles e solicitamos que qualquer informação acerca da localização de ambos seja repassada ao 197 – Disque Denúncia, cuja ligação é gratuita e o sigilo é garantido. Juninho já responde processo por estupro de vulnerável e roubo e Alex já foi condenado por roubo e recorreu”, acrescentou Reinaldo Nóbrega.
A Polícia ainda frisou que o caso não está concluído e somente após os exames realizados pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) será possível ter certeza de que o corpo que foi encontrado em Santa Rita, na segunda-feira (7), é realmente de Vivianny e assim será confirmado o homicídio. “Faltam quatro diligências, que darão robustez ao inquérito: o laudo cadavérico, toxicológico, o sexológico e o exame de DNA, tanto no corpo quanto na roupa que foi usada por Alex no dia do desaparecimento”, afirmou Reinaldo Nóbrega, acrescentando que, se o crime for confirmado, os suspeitos irão ser inicialmente indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O corpo – O cadáver que pode ser de Vivianny Crisley foi encontrado na manhã do dia 7 de novembro em uma mata, na divisa entre os municípios de Bayeux e Santa Rita, após uma denúncia recebida pelo 197 – Disque Denúncia. Os restos mortais estavam expostos, em estado esquelético e carbonizados. Após isolamento, a Polícia Civil encontrou o cartão de crédito de Vivianny e a sandália que ela estaria usando quando saiu da casa de shows.
No local, o IPC coletou vestígios que estão sendo periciados e vão auxiliar na identificação do corpo. O resultado dos exames deve ser encaminhado à Delegacia de Homicídios até o fim da próxima semana.
Secom