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segunda-feira, 28 outubro 2024
                             

Onda de violência deixa bairros de Fortaleza sem coleta de lixo, energia e transporte público

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Redação PB Vale
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Com coleta irregular, Fortaleza tem ruas com lixo acumulado — Foto: José Leomar/SVM

Os recentes ataques no Cearácomprometem o funcionamento dos serviços públicos em alguns bairros de Fortaleza. As consequências dos crimes são vistas nas ruas, com interrupção parcial de algumas linhas de ônibus, energia elétrica e coleta de lixo, que em alguns bairros foi impedida por ordem de facções. A Prefeitura da capital informou que a situação deve ser regularizada até esta sexta-feira (11).

estado vive uma onda de ataques desde 2 de janeiro. Entre os alvos dos criminosos estão veículos de empresas e estatais que prestam serviços, como Correios e Enel, distribuidora de energia no Ceará.

A onda de violência é uma represália à ação do governo de aumentar o rigor na fiscalização das unidades prisionais e acabar com a divisão de presos segundo facções que eles integram.

O governador Camilo Santana (PT) informou que chefes de facções criminosas que estavam presos no Ceará foram transferidos a presídios federais. Santana também comunicou que 277 suspeitos foram capturados por envolvimento nos ataques. Em uma semana, são 183 ataques em 43 cidades.

Ruas sem energia elétrica

Em alguns bairros de Fortaleza, como Jardim União, Bom Jardim e a comunidade da Babilônia, os criminosos destruíram luzes da iluminação pública e danificaram a fiação de postes, deixando a população sem energia elétrica. Com medo dos ataques, os funcionários responsáveis pela manutenção evitam fazer reparo nos locais.

A Enel informou que retoma, aos poucos, os serviços de reparo e manutenção da rede elétrica. Já nos locais onde são identificadas situações de risco, “há uma demora maior no atendimento, uma vez que é necessária a escolta da Polícia Militar”, informa a empresa.

No período da noite são realizados apenas atendimentos emergenciais, em locais com risco de vida para a população.

Lixo nas ruas

A coleta de lixo também está prejudicada nos bairros de Fortaleza onde os ataques são mais comuns.

Nesta quinta-feira (10), caminhões fizeram a coleta na periferia com escolta da Guarda Municipal. Ainda assim, como a coleta está reduzida, algumas ruas acumulam entulhos de lixo.

Frota irregular de ônibus

A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) confirmou que a circulação de ônibus acontece “próximo da normalidade” nesta quinta, embora as rotas de algumas linhas estejam sendo adaptadas, fato que acaba gerando reclamação dos que dependem dos coletivos para se deslocar pela cidade.

A instituição explica que um plano de contingência foi colocado em prática. Ou seja, o número de ônibus nos locais vistos como vulneráveis a incêndios deve ser menor que em locais que não registraram ocorrências.

Há também um reforço da Força Nacional nos terminais de ônibus da capital cearense, e os veículos se deslocam com uma equipe de três policiais embarcados.

Sem entregas em algumas regiões

Ataques em Fortaleza — Foto: SVM.

As entregas de correspondências e encomendas em algumas áreas de Fortaleza também são afetadas. O sindicato dos trabalhadores de serviços de postagens recomendou que sejam evitadas as entregas onde os ataques têm sido mais frequentes.

Pelo menos dois veículos dos Correios foram destruídos em ataques incendiários ocorridos na Grande Fortaleza.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos explicou que, “até que se normalize a situação”, adotará o procedimento de entrega interna em áreas onde os ataques são mais comuns. Nessa modalidade, o destinatário deve retirar a postagem em uma unidade dos Correios.

O destinatário recebe um aviso para retirada do objeto postal no horário e endereço específico. Os clientes que aguardam objetos pelos Correios devem acompanhar o rastreamento pelo site dos Correios ou entrar em contato pelo Central de Atendimento, no telefone 0800 725 0100, para obter mais informações.

Entenda o que está acontecendo no Ceará

  • O governo criou a secretaria de Administração Penitenciária e iniciou uma série de ações para combater o crime dentro dos presídios.
  • O novo secretário, Mauro Albuquerque, coordenou a apreensão de celulares, drogas e armas em celas. Também disse que não reconhecia facções e que o estado iria parar de dividir presos conforme a filiação a grupos criminosos.
  • Criminosos começaram a atacar ônibus e prédios públicos e privados. As ações começaram na Região Metropolitana e se espalharam pelo interior ao longo da semana.
  • O governo pediu apoio da Força Nacional. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas; 406 agentes da Força Nacional reforçam a segurança no estado.
  • A população de Fortaleza e da Região Metropolitana sofre com interrupções frequentes no transporte público, com a falta de coleta de lixo e com o fechamento do comércio.
  • Onda de violência no Ceará afastou turistas e fez a ocupação hoteleira no estado cair de 85% para 65%.

G1

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