O funcionário do Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), Erideywyd Henrique Omena Ferreira da Silva, último foragido da segunda etapa da Operação Gabarito, foi preso no final da tarde desta quarta-feira (17), no Estado de Alagoas. Com ele, os investigadores cumpriram os seis mandados de prisão expedidos na semana passada e chegou ao total de oito presos na segunda fase, considerando que um casal de policiais militares foi preso em flagrante, por posse de drogas, quando os agentes da Delegacia de Defraudações de João Pessoa (DDF-JP) cumpriam apenas um mandado de busca na residência. As informações são do Correio Online.
Erideywyd é um dos concursados, aprovados por meio da fraude investigada pela polícia e estava foragido desde a semana passada. Atendendo ao pedido de apoio da polícia paraibana, os policiais civis alagoanos foram até o bairro do Eustáquio Gomes, em Maceió. O suspeito estava escondido na casa de um irmão e deve chegar hoje a João Pessoa. Além da aprovação no concurso do Detran, ele também é suspeito de dar apoio logístico à quadrilha, dando treinamento aos candidatos, sobre o uso do ponto eletrônico, além de fazer serviço de motorista para o bando.
Com a conclusão da segunda fase, a polícia aguarda pela decisão judicial sobre novos pedidos de prisão que já foram feitos, de outros aprovados em concursos por meio da fraude, para deflagrar uma nova etapa. O delegado Lucas Sá, chefe da DDF, não especificou quantos pedidos foram feitos, mas afirmou que já passa de 100 o número de suspeitos identificados, desde o início da investigação.
Divisão da investigação
Enquanto aguardavam pelos novos mandados de prisão e pela captura do último foragido, os investigadores da Gabarito usaram a quarta-feira para dar andamento aos procedimentos administrativos da investigação. Ao longo do dia, delegados e auxiliares começaram a separar as provas referentes a concursos de outros estados, para enviá-las para as polícias de cada local. “Como somos uma polícia estadual, só podemos investigar os concursos realizados na Paraíba. Nos outros estados, cada polícia terá que abrir seu inquérito e investigar seus concursos”, explicou Lucas Sá.
A coordenação da operação também decidiu fatiar a investigação em vários inquéritos, tratando também de forma separada os concursos municipais e os estaduais. “Se fôssemos concentrar tudo em um inquérito só, não haveria tempo hábil para tanta coisa. Separando em inquéritos menores, cada um terá uma tramitação mais célere e não teremos problema com o tempo”, acrescentou o delegado.