O ano de 2016 foi de casos violentos que marcaram a Paraíba. O Portal Correio lista abaixo os principais fatos, como o do estudante de veterinária morto após a própria irmã encomendar o crime por conta de herança; a morte de quatro pessoas após um ônibus ser atingido por um trem na Grande João Pessoa; o assassinato da vendedora Vivianny Crisley, morta com requintes de crueldade após sair de um bar da Capital; e a família paraibana morta em Pioz, na Espanha, pelo suspeito confesso do crime, Patrick Gouveia.
Estupro no Fest Verão
O primeiro caso de destaque violento deste ano aconteceu em janeiro, quando uma adolescente de 15 anos foi estuprada por três homens na madrugada do dia 18, após sair do Fest Verão Paraíba, na praia de Intermares, em Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Após o estupro, a garota foi abandonada despida na areia da praia e saiu correndo sem roupa para pedir ajuda ao perceber que os suspeitos não estavam perto.
Garota é estuprada por três homens ao sair de show em Intermares, na Grande JP
Acidentes com ônibus e trens na Grande JP
Em fevereiro, a batida entre um ônibus e um trem da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) deixou três pessoas mortas e onze feridas no município de Santa Rita, na Grande João Pessoa.
Durante o acidente, testemunhas relataram “corpos voando” pelas janelas do coletivo. Durante a investigação, a Polícia Civil afirmou que o motorista do ônibus poderia responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
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Em novembro, um novo acidente envolvendo ônibus deixou quatro pessoas mortas no Centro de João Pessoa. As vítimas estavam em uma calçada na Rua Almeida Barreto quando foram atingidas pelo ônibus. Na investigação, a polícia indicou indiciamento do motorista por homicídio culposo.
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Irmã mandou matar irmão por herança
Em junho, o estudante Marco Antônio Filho, de 28 anos, foi baleado e morto durante o que seria um assalto na padaria da família, no bairro do Miramar, Zona Leste da Capital.
Porém, posteriormente, a polícia descobriu que o crime havia sido encomendado pela irmã de Marcos Antônio, que também planejava assassinar toda a família para ficar com a herança.
A irmã da vítima e outros cinco suspeitos do crime foram presos no fim de junho. A principal suspeita do crime foi considerada a ‘nova Suzane von Richthofen’.
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Terrorismo
Em julho, a Paraíba se impressionou com a prisão de Antônio (Ahmed) Andrade dos Santos Júnior, preso em João Pessoa durante a operação antiterrorismo ‘Hashtag’, da Polícia Federal.
Ahmed era suspeito de, junto com outras nove pessoas, preparar atos terroristas que seriam executados durante as Olimpíadas Rio 2016.
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Em outro caso, desta vez na Alemanha, a estudante Ruanna Dantas, de 20 anos, moradora de Sousa, no Sertão do estado, relatou ao Portal Correio momentos de tensão vividos em um shopping de Munique, no dia 22 de julho, durante um ataque terrorista.
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Caso Rebeca: padrasto preso
Em julho, a Polícia Civil solicitou e a Justiça concedeu a prisão temporária do cabo da Polícia Militar, Edvaldo Soares, padrasto e principal suspeito no caso do estupro e morte da estudante Rebeca Cristina, em julho de 2011, na Capital.
Em setembro, a Polícia Civil encerrou o caso e Edvaldo Soares da Silva foi indiciado pelos crimes de estupro e homicídio qualificado.
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“Patrick, o assassino”
Um dos casos mais emblemáticos e violentos deste ano não aconteceu na Paraíba, mas tirou a vida de um casal de paraibanos e os seus dois filhos, em Pioz, na província de Guadalajara, na Espanha, em agosto.
Marcos Campos, Janaína Santos e seus dois filhos foram mortos, com o casal sendo esquartejado, pelo suspeito confesso do crime, Patrick Gouveia, sobrinho de Marcos. Os corpos só foram encontrados no dia 18 de setembro.
Durante o crime, Patrick Gouveia trocou mensagens com Marvin Correia, que foi apontado pela polícia como participante dos crimes pelo fato de ter orientado Patrick em como se livrar e provas e outras ações.
A conversa entre Patrick e Marvin ocorreu enquanto os crimes eram praticados e trechos das mensagens foram divulgados com exclusividade pelo programa Cidade Alerta, da TV Correio.
Atualmente, Patrick se encontra preso em um presídio da Espanha e já recebeu ameaças de morte de outros detentos. Já Marvin segue morando em João Pessoa e é monitorado por tornozeleira eletrônica.
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Caso Vivianny Crisley
Outro crime que chocou a Paraíba foi o desaparecimento e morte da vendedora Vivianny Crisley, em outubro deste ano. A vítima desapareceu no dia 21 de outubro após sair, acompanhada de homens, de um bar no bairro dos Bancários, Zona Sul de João Pessoa.
No dia 7 de novembro, a polícia encontrou, após denúncia anônima, os restos mortais de uma pessoa. Após exames, foi confirmado que os restos mortais eram da vendedora.
No dia 11 de novembro, a Polícia Civil apresentou o estoquista Alex Aurélio Tomas dos Santos como um dos suspeitos e os nomes de Jobson Barbosa da Silva Júnior e Fágner das Chagas Silva divulgados como participantes do crime de homicídio, confessado pelo primeiro suspeito preso.
Jobson e Fágner foram presos no dia 21 de novembro. A dupla estava escondida no morro do Acarí, Zona Norte do Rio de Janeiro, e foi trazida para a Paraíba.
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Jovem morto em Blitz em JP
Também em outubro, o estudante de fisioterapia Cícero Maximino da Silva Júnior, de 20 anos, foi morto após o piloto da moto em que ele garupa furar blitz da Polícia Militar na praia de Manaíra, Orla de João Pessoa.
Durante a investigação, a polícia comprovou que o policial que atirou contra a moto estava atuando em ‘legítima defesa’, já que o piloto da moto cometeu ‘manobras arriscadas’ e teria jogado o veículo para cima do policial militar no intuito de fugir da blitz.
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