Os auditores presos na manhã desta quarta-feira (13) durante a operação ‘Mercado Negro’ cobravam até R$ 200 mil de propina a empresários.
A revelação foi feita durante entrevista coletiva na sede a Procuradoria Geral de Justiça pela promotora Renata Carvalho, uma das coordenadoras da operação.
O procurador geral de Justiça destacou a importância do trabalho realizado em conjunto com o governo do estado para coibir a sonegação e parabenizou o governador Ricardo Coutinho e o secretário da Receita Marialvo Laureano pela trabalho.
Laureano garantiu que todas as empresas fiscalizadas pelos dois auditores presos, serão refiscalizadas e que todos os recursos que por ventura tenham sido sonegados serão devolvidos ao estado.
A operação foi conduzida pelo Gaeco em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público. Dos funcionários presos, Antonio Firmo é servidor desde 1979 e Edvalter Vilarinho desde 1994. De acordo com a promotora, as investigações vão continuar buscando outros suspeitos e entre 60 e 80 empresas terão de ser refiscalizadas, pois foram as que elas atuaram nos últimos cinco anos.
O procedimento:
Os fiscais recebiam uma denúncia de irregularidade em determinada empresa e iam fazer a fiscalização, mas ao identificarem o ilícito pediam dinheiro para a empresa a fim de abafar o problema. Numa dessas tentativas, os ficais pediram R$ 200 mil e o empresário entrou em contato com a Receita Estadual.
Ainda não se tem ideia dos valores perdidos, porém de acordo com o Secretário, as empresas que tiverem envolvimento com o esquema, também serão investigadas e em se comprovando a participação nas ilicitudes, elas também serão punidas.
Marcos Weric/João Thiago
Paraiba.com.br