A proposta do Ministério da Educação ao sugerir uma discussão sobre os desafios educacionais para surdos, levanta um debate de como está o ensino para os deficientes físicos, seja na rede pública ou privada.
Conforme a Associação de Deficientes e Familiares, na Paraíba quase 90% de crianças, adolescentes e jovens, que sofrem de alguma deficiência, está matriculado na rede pública de ensino.
Em contato com o Portal MaisPB, o presidente da Asdef, Francisco Izidoro, informou que os maiores problemas, principalmente para surdos, estão nas escolas estaduais e privadas.
“Temos enfrentado grandes dificuldades nas escolas particulares, que muitas vezes querem que o aluno pague o intérprete de libra que estará na sala de aula. Já nas estaduais, a gente recebe bastantes reclamações, principalmente de intérprete que são mal remunerados e às vezes nem vínculo tem”, pontuou.
Por outro lado, o presidente elenca o Instituto Federal da Paraíba como o melhor na atenção ao deficiente, seguido pela Prefeitura de João Pessoa.
“O melhor exemplo que nós temos é do IFPB, a instituição que mais avançou no fornecimento de educação inclusiva para o público surdo. Nessa questão, João Pessoa tem melhorado, atendendo a essa necessidade”, ponderou.
Redação do Enem 2017
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano foi “Desafios para Formação Educacional de Surdos no Brasil”.
A proposta deste ano segue a tendência das últimas edições do Enem, que costuma abordar temas sociais. No ano passado, o tema foi Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. Violência contra a mulher, publicidade infantil, lei seca e movimento imigratório também foram abordados nos últimos anos.
Wallison Bezerra – MaisPB