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terça-feira, 8 abril 2025
                          

‘Sou mãe por opção’, diz mulher que adotou irmãos com paralisia cerebral

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Redação PB Vale
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Gêmeos Miguel e Isaac têm paralisia cerebral (Foto: Graça Lins/Arquivo Pessoal)
Gêmeos Miguel e Isaac têm paralisia cerebral (Foto: Graça Lins/Arquivo Pessoal)

Quando adotou os gêmeos Miguel e Isaac, hoje com 17 anos, a paraibana Graça Lins, de 51 anos, não sabia que eles tinham nascido com paralisia cerebral. Mas a descoberta, logo na primeira visita a um pediatra, não foi um empecilho para que ela se dedicasse a ser a melhor mãe que pudesse para as crianças que escolheu acolher nos primeiros meses de vida.

Os meninos nasceram no sétimo mês de gestação em João Pessoa, na Maternidade Cândida Vargas. A mãe biológica deles morreu no parto e os gêmeos nasceram convulsionando. Eles tiveram que ser reanimados e foram transferidos para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto Arlinda Marques, também na capital. “Eles tiveram todos os riscos de morrer”, lembra Graça.

Graça soube que os gêmeos estavam disponíveis para adoção quando eles estavam com um mês e uma semana de vida. “Uma pessoa chegou na mesa de restaurante que eu estava com o meu marido na época e falou dessas crianças, que estavam abandonadas. Eu e ele falamos ao mesmo tempo ‘vamos adotar?’”, contou Graça. O casal estava casado há 5 anos e ainda não tinha filhos.

Só depois do fim do processo de adoção, nove meses depois, Graça e o marido descobriram que os meninos tinham paralisia cerebral. “Foi um choque no início, mas seria até se fosse um filho natural. Quando você descobre, na gestação, que vai ter um filho com problema, é um choque muito grande. Mas a gente encarou. Não ia devolver. Até porque eles não são uma mercadoria que você vai no supermercado e devolve”, explicou Graça. “Eles são lindos e apaixonantes. Eu apenas faço o meu trabalho de mãe, de cuidar”, disse.

Por causa da paralisia cerebral, os gêmeos, que têm limitações físicas e cognitivas, precisam fazer sessões de fisioterapia e fonoaudiologia e frequentar um centro de atividades especiais. Para ficar com os filhos quando estão fora da escola, Graça só pode tabalhar em um turno. Apesar dessa dedicação em tempo integral que eles exigem, ela diz que não se arrepende em nenhum momento de ter adotado Miguel e Isaac.

“Eu faria tudo novamente. Eu não tenho filho biológico para comparar, mas acredito que o meu amor por eles é igual ou talvez ainda maior. Porque quando você adota, você consegue amar alguém que não saiu de você. Ele não é gerado no útero, é gerado no coração. Quando uma criança nasce de você, é quase que uma obrigação você cuidar dela. Mas amar alguém que você pegou para criar é uma opção de amor. Eu sou mãe por opção”, disse. As informações são do G1.

Graça e o ex-marido não desistiram de adotar os irmãos quando souberam do problema (Foto: Graça Lins/Arquivo Pessoal)
Graça e o ex-marido não desistiram de adotar os irmãos quando souberam do problema (Foto: Graça Lins/Arquivo Pessoal)
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