Os servidores do Poder Judiciário da Paraíba anunciaram uma paralisação de advertência, nesta quarta-feira (10), por três horas, em todo estado, como forma de pressionar a presidência do Tribunal de Justiça (TJPB) a reabrir o diálogo sobre pauta de reivindicações da categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba – Sindojus, Benedito Fonseca, a paralisação será das 8h às 11 nas comarcas do Interior e das 14h às 17h nas comarcas da Primeira Intrância, que compreende os municípios de João Pessoa, Campina Grande, Bayeux, Cabedelo e Santa Rita.
Ele informou que duas maiores comarcas do Estado, João Pessoa e Campina Grande, serão realizadas grandes concentrações em frente ao Fórum Cível da Capital e do Fórum Afonso Campos, no turno da tarde desta quarta-feira.
Durante a mobilização, a população ficará sem o atendimento ao público, a realização de audiências, cumprimento de despachos e mandados judiciais, entre outros serviços. Além da manifestação desta quarta-feira, outras já estão definidas para os dias 17 e 25 de junho.
Reivindicações
Entre as reivindicações da categoria estão a incorporação dos auxílios alimentação e saúde aos vencimentos dos servidores, a não contratação de temporários e a realização de concurso público para preenchimento de cargos vagos em cartórios e para oficiais de justiça e o pagamento da diferença decidida e apresentada no Relatório do Comitê de Orçamento e Compromisso na reunião do Pleno realizada no ano passado.
Para os servidores a paralisação também tem como objetivo forçar a reabertura das negociações com a presidência do TJPB para se buscar a adoção de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração para os servidores do judiciário estadual, mais próximo possível do alcançado pelos servidores da Justiça Federal.
Para Benedito Fonseca, “a categoria reacendeu os ânimos diante da grave situação pela qual passa. A mobilização foi a forma encontrada para pressionar o TJPB a respeitar os direitos dos servidores”.
De acordo com José Ivonaldo, presidente da Associação dos Técnicos e Analistas Judiciários da Paraíba (Astaj-PB), “a interrupção das negociações por parte do TJ em relação à pauta de reivindicação apresentada pelos servidores e a informação da pretensão do presidente do TJPB de contratar pró-tempores foram o estopim da crise com a atual presidência da Corte Estadual”.
Da redação, com Ascom TJPB