
“Pescador exportivo denuncia falta de fiscalização no Rio Paraíba e seus afluentes e alerta para os prejuízos ambientais que pescadores sem consciência ambiental estão provocando no lugar”
Um grupo de pescadores esportivos encontro na manhã desse sábado (25) um filhote de peixe boi morto por redes de pescar irregularmente instaladas entre os rios Soé e Tapira, que são afluentes do Rio Paraíba, no município de Lucena, na Grande João Pessoa.
Ele contou que pescadores estão fechando os afluentes com redes que vão de uma margem do rio a outra, o que não é permitido por lei. “Tal prática impossibilita o tráfego natural das espécies marinhas existentes no manancial, por exemplo peixes, golfinhos, tartarugas, peixes boi, entre outros, além de colocar em risco esportistas náuticos, pois se um esquiador ou nadador desavisado passar sob ela, ficará preso e poderá morrer afogado”, alertou.
Saulo Nazion informou que muitos desses artefatos ficam subemersos e sem qualquer sinalização. Ele reclamou que o rio Paraíba e seus afluentes estão abandonados pelas autoridades fiscalizadoras e os “pescadores nativos não têm limites em relação à colocação de suas redes de pesca e o fazem de forma irregular”.
Na opinião do pescador esportivo, os órgãos fiscalizadores devem promover iniciativas de educação e conscientização nas comunidades pesqueiras, informando sobre a conduta que é ilegal. Ele acredita que somente órgãos com estrutura como a Capitania dos Portos e a Marinha do Brasil, poderiam por fim a essa prática tão prejudicial e pede atuação dos órgãos competentes.
“Todos os dias milhares de animais da fauna aquática são mortos nos nossos rios, muitos deles, sequer chegam à primeira reprodução, são animais juvenis que morrem por conta da ganância humana, pois não têm valor comercial e são descartados na natureza”, desabafou.

Créditos: Saulo Nazion
O Portal Correio tentou entrar em contato telefônico com a equipe de fiscalização do Ibama, mas o telefone estava desligado.
Por Luciana Rodrigues, com colaboração de Hyldo Pereira