Depois de 20 anos sem vir a Paraíba, o músico Geraldo Vandré chega ao aeroporto Castro Pinto no início da tarde desta quarta-feira (9), onde deve ser recepcionado por admiradores, figuras da militância política e artistas. Ele será homenageado no Fest Aruanda, no próximo dia 16, com o Troféu Pedra Bonita de Contribuição às Artes e à Cultura Nordestina e o Troféu Aruanda de Contribuição ao Cinema.
Além de receber as homenagens, Vandré também participará do festival apresentando o filme A Hora e a Vez de Augusto Matraga, clássico do cinema nacional do qual fez a trilha sonora. Recluso, o artista que faz raras aparições públicas deve passar pelo menos uma semana no estado após tanto tempo sem retornar à sua terra natal. Para o organizador do Festival Aruanda, Lúcio Vilar, a vinda de Vandré é vista como uma grande conquista.
“A vinda de Geraldo Vandré é um projeto ‘aruandeiro’ que vem de 2011, quando almoçamos em São Paulo e passamos uma tarde juntos, conversando sobre música e artes em geral. Naquele ano agendamos, mas não deu certo por uma série de questões que impediram a vinda dele. Mas, como tudo nessa vida tem sua hora, chegou no momento certo, no ano de seus 80 anos. Será uma celebração e tanto do homem, do artista e do mito. E que contribuiu, poucos sabem, coma história do cinema dos anos 1960, fazendo a trilha de uma clássico da época”, contou Lúcio.
Natural de João Pessoa, Geraldo Vandré é um dos principais nomes da música popular brasileira. Em seu rico repertório, destacam-se as autorais ‘Disparada’ e ‘Pra não dizer que não falei das flores’, hino de resistência do movimento civil e estudantil na época do Regime Militar. Em 1968, ele foi exilado e só voltou ao país em 1973. Desde então, mora em São Paulo e evita aparições públicas.
Da Redação, com Portalcorreio