Dois empresários foram presos e duas pessoas conduzidas coercitivamente para darem depoimentos durante a segunda fase da Operação Andaime nesta quarta-feira (16) no Sertão da Paraíba. Segundo o Ministério Público Federal, eles são suspeitos de participação em fraudes que envolvem duas empresas fantasmas que venceram 177 licitações de obras na Paraíba, movimentando mais de R$ 18 milhões em recursos públicos.
A primeira etapa da operação aconteceu no dia 26 de junho e cumpriu três mandados de prisão preventiva, sete de prisão temporária, quatro de condução coercitiva, 18 de busca e apreensão e 15 medidas de sequestro de bens. A operação é realizada pelo Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral da União (CGU), Polícia Federal e Ministério Público da Paraíba.
Segundo o procurador, “alguns agentes que executaram os crimes permaneciam nos crimes e deliberadamente atrapalhando a investigação criminal”. “Se constatou atos de intimidação de testemunhas e isso foi determinante para a determinação da prisão preventiva deles”, explicou.
Os dois presos nesta quarta-feira foram encaminhados para o presídio regional de Cajazeiras e todo o material apreendido foi encaminhado para a sede do MPF em Sousa. As prisões e apreensões aconteceram em Cajazeiras, mas no foco das investigações estão também obras em Joca Claudino, Bernardino Batista e Cachoreira dos Índios. Segundo o procurador da república Thiago Misael, o objetivo das conduções coercitivas é “evitar que as pessoas combinem versões antes de serem ouvidas”.
Nesta segunda fase, os órgãos também cumpriram dois mandados de prisão preventiva, de pessoas que já foram presas e soltas, em casas e empresas localizadas na cidade de Cajazeiras.
Fraude
Segundo o órgãos envolvidos na operação, o esquema era centrado em duas empresas fantasmas. A partir dessas duas empresas, os suspeitos eram organizados em núcleos regionais nos municípios que realizavam as obras públicas supostamente em nome dessas empresas, mas que usavam notas fiscais frias para mascarar desvios de dinheiro público.
De acordo com o MPF, a quadrilha fraudava licitações e contratos públicos em obras e serviços de engenharia e realizava a venda de notas fiscais. Os crimes também incluem lavagem de dinheiro.
Da Redação, com G1