Cerca de 95% dos bairros de Campina Grande estão com alto risco de transmissão de doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya, de acordo com o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nessa terça-feira (26). O bairro com maior índice é o das Malvinas, que atingiu um percentual de 10,5% de infestação do mosquito, seguido de Bodocongó e Serrotão com 8,9%.
Esses percentuais são muito acima do parâmetro estabelecido pelo Ministério da Saúde como sendo de risco de surto das doenças causadas pelo Aedes aegypti, que é a partir de 4%. Ainda conforme o levantamento, de 51 áreas, 48 apresentam alto risco. Apenas três locais estão abaixo desse índice em Campina, com um risco médio de transmissão das doenças. São eles: o Centro e o bairro da Prata, ambos com 2,6%, e também o distrito de São José da Mata, com 3,1%. O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 15 de abril. De uma forma geral, foram encontrados focos do Aedes de 6,3% nas 7.876 residências vistoriadas.
Segundo a coordenadora de Vigilância Ambiental e Zoonoses, Rossandra Oliveira, a maior parte dos focos está no nível do chão. “São reservatórios como baldes, tonéis, caixas d’água. A preocupação aumenta ainda mais com este período chuvoso e as pessoas precisam ter muito cuidado com estes recipientes para que eles não acumulem água e fiquem expostos servindo de abrigo para o Aedes depositar os ovos”, pontuou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as ações de combate ao Aedes aegypti em Campina Grande foram intensificadas desde que foi decretado o Estado de Emergência em Saúde no país. De janeiro a março deste ano foram recolhidos 6.725 pneus das ruas da cidade que poderiam servir como abrigo para as larvas do Aedes aegypti e também está sendo feita a distribuição de peixes em cisternas, vedação de caixas d’água e borrifação.
A secretaria informou também que já foram utilizados mais de 35 kg de larvicida nas ações este ano. Ainda como forma de combate ao mosquito, a Prefeitura Municipal de Campina Grande conseguiu liminar judicial para invadir imóveis abandonados que têm focos do vetor das doenças. Dos 957 locais nestas condições, já foi feita a intervenção em 700.
BALANÇO
No acumulado desde o início do ano, os agentes já vistoriaram 187.032 casas do município, 99,4% do total de residências da cidade, mas em 29,6% eles não conseguiram entrar. Na média desde o início do ano, o índice de infestação do mosquito é de 6% e o bairro com mais registro de ocorrência do Aedes considerando os quatro meses é o Monte Castelo.
CASOS CONFIRMADOS NA CIDADE
Em 2016 foram confirmados 6 casos de Zika, 14 de Chikungunya e 6 de dengue de pessoas que moram em Campina Grande. As informações são do Jornal da Paraíba.