A companhia Gol Linhas Aéreas, única que atua em Campina Grande, pode deixar de operar na cidade. A notícia foi confirmada nesta terça-feira (15) pelo secretário de Comunicação da prefeitura Marcos Alfredo. De acordo com ele, o motivo tem relação com os custos do abastecimento das aeronaves da empresa, que não pode ser realizado em Campina, uma vez que os postos com concessão para oferecer o serviço no município não têm bandeira definida.
“As empresas aéreas só abastecem em postos que têm bandeira por questões de segurança. Se, por exemplo, houver um combustível adulterado, eles têm a quem recorrer”, explicou. Atualmente, para atender Campina Grande, a Gol vem abastecendo as aeronaves em João Pessoa e Petrolina (PE), encarecendo os custos dos voos e tornando a operação inviável para a empresa.
A preocupação foi exposta pelo representante da Gol, Marcos Tognato, em uma reunião com o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, na última quinta-feira (10). Segundo Marcos Alfredo, para resolver o impasse, o prefeito está programando para os próximos dias uma visita à direção da Shell, empresa multinacional petrolífera, e à sede da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), em Brasília.
“Uma negociação envolvendo a Shell, a Infraero e a prefeitura está sendo acelerada”, ressaltou Marcos. “Isso não apenas resolve a questão da Gol, mas abre a possibilidade de trazer outras empresas para cá, já que do ponto de vista logístico, haverá condições de se criar mais linhas, colocando Campina Grande como alternativa”, acrescentou.
Números
No mês de outubro, segundo dados da Infraero, cerca de 10 mil passageiros embarcaram e desembarcaram no Aeroporto João Suassuna. Além disso, até o último mês, foram 50.006 embarques e 56.560 desembarques no local.
Por Phillipe Xavier, do Jornal da Paraíba