Livro diz que Cristiano Ronaldo chama Messi de ‘filho da puta’ dentro do Real
“Segundo o livro ‘Messi’, do jornalista espanhol Guillem Balague, a despeito da relação diplomática mantida diante do público entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, o atacante do Real Madrid tem um apelido grosseiro para o rival do Barcelona.”
“O relacionamento, na presença de outros, é gelado, não ruim. É respeitoso, mas distante. As famílias de ambos garantem que eles não se odeiam”, relata o livro.
Porém, Ronaldo estaria acostumado a chamar Messi de ‘filho da puta’ diante dos companheiros de Real Madrid e se alguém do clube é visto conversando com o argentino, também receberia o mesmo apodo: ‘filho da puta.’
Outros atletas do Real, escreve Balague, se referem ao ídolo do Barça de forma pejorativa: de cachorro de Ronaldo’, ‘marionete de Ronaldo’, entre outras expressões.
Apesar das rusgas, os dois devem protagonizar em breve, pela primeira vez em suas carreiras, uma peça publicitária juntos.
Da redação, com ESPN Brasil
Capitão da balsa que naufragou na Coreia do Sul é condenado a 36 anos de prisão

“Lee Joon-Seok, de 69 anos, que deixou o navio enquanto ele afundava, escapou da pena de morte pedida pelo Ministério Público.”
O capitão da balsa Sewol, que naufragou em abril na costa da Coreia do Sul, causando a morte de mais 300 pessoas, foi condenado nesta terça-feira (11) a 36 anos de prisão. Lee Joon-Seok, de 69 anos, que deixou o navio enquanto ele afundava, escapou da pena de morte pedida pelo Ministério Público. O julgamento da tripulação da balsa começou no dia 10 de junho em Gwangju, a 265 quilômetros ao sul da capital Seul.
Também nesta terça-feira, o governo da Coreia do Sul anunciou que encerrou as operações de busca dos nove desaparecidos do naufrágio do Sewol. A decisão foi divulgada após uma reunião do governo presidida pelo primeiro-ministro sul-coreano, Chung Hong-won.
O naufrágio do Sewol, no dia 16 de abril, no Sul da Península Coreana, deixou 304 mortos, em sua maioria estudantes. Segundo relatório divulgado pela procuradoria, a sobrecarga, a incompetência da tripulação e obras de redimensionamento ilegais na estrutura do navio provocaram o desastre.
Além de ter abandonado a balsa com centenas de pessoas a bordo, a tripulação era acusada de ter ordenado aos passageiros que não saíssem dos seus lugares, mesmo quando o navio já estava afundando.
Lee Joon-Seok alegou durante o julgamento ter ordenado a um membro da tripulação para fazer um anúncio aos passageiros, pedindo-lhes que colocassem os coletes salva-vidas e saltassem para a água, cerca de cinco minutos antes da chegada do primeiro navio de socorro. “Eu entrei em pânico, eu era incapaz de fazer o que quer que fosse”, disse, durante o julgamento. “Não tomei as medidas apropriadas, o que conduziu à perda de vidas preciosas”, acrescentou.
As operações de busca, que envolveram milhares de mergulhadores, começaram imediatamente após o acidente. As equipes resgataram com vida 172 pessoas entre as 476 que estavam a bordo.
Da redação, com Agência Brasil
Número de detentos no Brasil cresceu 5,37% de 2012 para 2013; negros são 61,7%

“Apesar do crescimento do número de detentos, o total de vagas nos presídios cresceu em ritmo inferior, resultando em um déficit de 220 mil vagas no sistema.”
O número de detentos no sistema penitenciário brasileiro cresceu 5,37% entre 2012 e 2013, mostram dados do 8º Anuário de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira (11) pela organização não governamental Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Do total de quase 538 mil presos, 61,7% são negros, o que significa que essa população é 18,4% mais encarcerada. Pretos e pardos também são os que mais morrem violentamente, representando 68% dos homicídios no país.
O professor Oscar Vilhena, diretor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avalia que os dados relacionados à população negra revelam uma ação seletiva das polícias. “Há um racismo socialmente partilhado, do qual a polícia não está livre. Os policiais também repetem os padrões de discriminação que ocorrem na sociedade brasileira”, declarou. Jovens com idade entre 18 e 29 anos também são alvo dessa seletividade por parte das forças de segurança. Esse segmento representa 54,8% dos encarcerados e 53,3% das vítimas de homicídio.
Apesar do crescimento do número de detentos, o total de vagas nos presídios cresceu em ritmo inferior, resultando em um déficit de 220 mil vagas no sistema. De acordo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Conselho de Administração do fórum, a morosidade do Judiciário é um dos fatores que agrava a situação. “Temos uma situação em que 40% dos presos são provisórios e estão aguardando julgamento. Essa já era uma situação apontada no último relatório”, declarou Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Conselho de Administração do fórum.
A maior parcela da população carcerária (49%) encontra-se reclusa em razão de crimes contra o patrimônio. O tráfico de drogas equivale a 26% das prisões e 12% referem-se a homicídios. Esse percentual também se aplica aos adolescentes em conflito com a lei, tendo em vista que 11% dos que estão internados atentaram contra a vida de outra pessoa. Lima avalia que há uma distorção na aplicação dessa medida socioeducativa, pois ela só deveria ser aplicada em casos de homicídio ou latrocínio. Atualmente, a maioria das internações são por motivos menos graves. Ele avalia que a impunidade na maior parte dos casos, considerando que apenas 8% dos homicídios são esclarecidos, levam a um quadro encarceramento preventivo.
O pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Paes Manso, defende um maior rigor no cumprimento das leis de execuções penais no Brasil. “Somos o quarto país que mais aprisiona no mundo. Boa parte dos que estão presos praticaram crimes leves, como furtos, tráfico de drogas, são primários muitas vezes, e acabam se misturando com pessoas que estão lá por terem praticado diversos crimes”, disse. Na avaliação dele, as prisões funcionam hoje como escritórios das organizações criminosas nos estados. “Estamos investindo muito nesse sistema que só está tornando o crime mais contundente”, criticou.
Como exemplo de boas práticas de gestão de segurança pública que podem ser replicadas no país, Lima destaca as experiências de Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro. “São programas que deram certo por determinados periodos. E por que funcionou? As forças policias foram integradas, áreas territoriais foram compatibilizadas, houve uso intensivo de informação, aperfeiçoamento da inteligência e participação comunitária”, enumerou. Ele destaca como um dos complicadores para desenvolvimento dessas ações a descontinuidade das políticas públicas, que muitas vezes se tornam marca da gestão de um governo.
Manso avalia que é preciso investir em reformas estruturais do sistema de segurança pública que rompam com esse modelo, que tem se mostrado ineficiente. Entre as mudanças necessárias, ele destaca o estabelecimento de um ciclo completo no trabalho da polícia. “O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem duas polícias, uma judiciária e outra ostensiva. O policial que está na rua tem condições melhores do que um delegado, que fica, muitas vezes, encastelado na delegacia, de levantar informações”, acredita.
Da redação, com Agência Brasil
Brasil e Espanha fazem parceria para troca de experiências em transplantes
“Profissionais do Sistema Único de Saúde deverão ter acesso a experiências espanholas bem sucedidas, como por exemplo o programa de doação de órgãos a partir de doadores com coração parado.”
O Brasil firmou nesta terça-feira (11) uma parceria com a Espanha para a troca de experiências em transplantes. A intenção é aprimorar as áreas menos exploradas no Brasil, como transplante com coração parado e de múltiplos órgãos. O acordo ainda prevê a discussão da legislação e regulação na área de transplantes, a prestação de serviços à população, além da organização de reuniões bilaterais, simpósios e outros encontros, com a participação de especialistas. Segundo o Ministério da Saúde, a Espanha é referência no desenvolvimento de transplantes no mundo e tem um dos programas públicos mais avançados no setor.
A partir da parceria, profissionais do Sistema Único de Saúde deverão ter acesso a experiências espanholas bem sucedidas, como por exemplo o programa de doação de órgãos a partir de doadores com coração parado. Nesses casos, não há chances de sobrevivência para a vítima, mas segundo o Ministério da Saúde, existem técnicas que permitem o aproveitamento não só do coração, mas também de outros órgãos sólidos, como pulmãos e rins.
No Brasil, 95% dos procedimentos são feitos pelo SUS. No primeiro semestre de 2014, o país fez 11,4 mil transplantes, desse total, 6,6 mil são cirurgias de córnea, 3,7 mil de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas, rim/pâncreas e pulmão) e 965 de medula óssea. Em 2013, o Brasil fechou o ano com 23.457 transplantes feitos.
Da redação, com Agência Brasil
Na Paraíba, 63,7% das meninas não tomaram segunda dose da vacina contra HPV

“No estado, já foram vacinadas cerca de 36,1 mil adolescentes, 36,3% do público total. Essa pode ser a primeira geração livre do risco de morrer por câncer do colo do útero.”
Para garantir 100% de proteção contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), que provoca o câncer do colo do útero, as meninas de 11 a 13 anos precisam tomar todas as doses previstas na vacinação: a segunda, seis meses depois da primeira, e a terceira, de reforço, cinco anos depois. Na Paraíba, já foram cerca de 36,1 mil adolescentes, 36,3% do público total.
Mais de 2,2 milhões de meninas já tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV desde o início da nova fase da campanha, em 1º de setembro. O número representa 45% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos.
Embora a vacina faça parte do Calendário Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) e esteja disponível durante todo o ano nos postos de vacinação, as adolescentes devem seguir o cronograma de intervalo entre uma dose e outra. A primeira dose sozinha não protege contra o vírus. A vacina garante proteção contra o câncer do colo do útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina e terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforça a importância de convocar os responsáveis pelas adolescentes para que levem as meninas até os postos de saúde para tomarem a segunda dose. “Eu peço para que as mães, avós, responsáveis por meninas de 11 a 13 anos, não deixem de levá-las para vacinar. A primeira dose sozinha não protege contra o vírus. Por isso, é fundamental tomar a segunda dose. O Ministério da Saúde garante a segurança da vacina. Atualmente, ela é utilizada em mais de cinquenta países, com cerca de 175 milhões de doses aplicadas. Vacinar contra o HPV é um gesto de amor e proteção pelas meninas do nosso país”, enfatiza.
A segurança da vacina é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a conclusão dos casos de efeitos adversos registrados no Brasil só reforça a segurança. “O desfecho desses casos, sem qualquer lesão ou sequela, é uma comprovação que a vacina é segura” salienta, lembrando que muitas reações são psicológicas, comuns em vacinação em ambientes fechados como escolas, quarteis e trabalhos.
Para o secretário, a meta de vacinar 80% das meninas será alcançada. “Eu não creio que as famílias vão perder esta oportunidade. É sempre bom lembrar que, apesar dos avanços na redução das mortes por câncer do colo do útero no Brasil, 14 mulheres morrem todos os dias com esse tipo de câncer no país”, enfatiza. Desde 10 de março, quando a imunização passou a ser ofertada gratuitamente no SUS, 4,7 milhões de meninas receberam a primeira dose, o que representa 96% do público-alvo.
O SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.
A vacina contra HPV está disponível nas mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. Neste ano, são vacinadas as adolescentes do primeiro grupo, de 11 a 13 anos. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de nove a 11 anos e, em 2016, as meninas de nove anos.
PREVENÇÃO – Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
“A combinação da vacina com o Papanicolau é perfeita porque protege as meninas para o futuro. As meninas que tomam a vacina hoje, se ao chegarem aos vinte e cinco anos, começarem também a fazer o Papanicolau, praticamente será uma geração livre de câncer de colo de útero. Isso era algo impensável há 10 anos”, destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.
Da redação, com assessoria
Fim de sessão da CPMI da Petrobras causa bate-boca entre oposição e presidente
“Vital do Rêgo encerrou sessão e provocou ira dos oposicionistas, que queriam seguir trabalhos.”
Um bate-boca entre parlamentares da oposição e o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcou a reunião da CPMI desta terça-feira (11). A oposição começou a sessão voltando a negar que tenha feito acordo com os governistas, na semana passada, para não convocar algumas pessoas para depor. Diante disso, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) solicitou que os requerimentos polêmicos de convocação fossem colocados em votação.
“Para desfazer-se o que foi mal colocado pelo relator [deputado Marco Maia (PT-RS)], só há uma alternativa: nós temos a obrigação de votar hoje todos os requerimentos. E eu começo fazendo o requerimento verbal para a convocação de todos os agentes políticos envolvidos: Leonardo Meireles, Vaccari, senadora Gleisi Hoffmann e ministro Paulo Bernardo”, disse Sampaio.
O presidente Vital do Rêgo anunciou então que a divisão da sessão em duas partes. A primeira para trabalhos administrativos de votação de requerimentos e a segunda para ouvir o atual diretor de contratos da Petrobras, Edmar Diniz. Na primeira parte da sessão, o relator Marco Maia explicou que não houve quórum suficiente e ela foi encerrada. Os oposicionistas pediram, então, que Vital convocasse uma sessão extraordinária após a oitiva do diretor da estatal.
No entanto, após o rápido depoimento de Edmar Diniz, o senador Wellington Dias (PT-PI) anunciou que a sessão deliberativa no plenário havia começado, o que impõe o fim de qualquer sessão nas comissões. Isso levou o presidente Vital do Rêgo encerrar a sessão da CPMI, provocando a ira dos oposicionistas, que queriam, após a ordem do dia no plenário, a retomada dos trabalhos na CPMI para a votação dos requerimentos.
“A tradição é que os membros da Câmara e do Senado se desloquem [ao plenário de suas respectivas casas e depois retornem à comissão], e a oitiva depois continua. E foi o que nós pedimos. Nós requeremos para que houvesse a definição dos requerimentos ao final, e o governo, de forma articulada entre o senador do governo [Wellington Dias] e o presidente da CPI, matou a sessão para impedir isso porque nós tínhamos condição de aprovar os requerimentos. Isso foi para proteger aqueles que pilharam a Petrobras”, disse o deputado Onix Lorenzôni (DEM-RS).
O presidente da CPMI alegou, no entanto, que não tinha opção e convocou nova sessão para a próxima terça-feira (18). “Na forma do Artigo 107 [do Regimento Interno do Congresso Nacional]: coincidir reunião de comissão temporária ou especial com a ordem do dia. Nós estávamos iniciando a ordem do dia no Senado e nós tínhamos a obrigação de encerrar”, alegou Vital do Rêgo.
Da redação, Por Mariana Jungmann
Orquestra Sinfônica da Paraíba se apresenta nesta quinta em JP

“Sob regência do maestro Arthur Barbosa e presença do solista convidado Flávio Gabriel, espetáculo musical é garantido no Espaço Cultural.”
A música latino-americana e brasileira darão o tom na quinta apresentação oficial da temporada 2014 da Orquestra Sinfônica da Paraíba. A apresentação acontece, nesta quinta-feira (13), sob a regência do maestro Arthur Barbosa, que conduzirá suas próprias composições. O solista convidado é Flávio Gabriel, premiado trompetista brasileiro. O concerto gratuito começa às 20h30, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, localizada no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa.
A abertura será com o “Concerto Latino-americano”, para trompete e orquestra. A composição traduz, como muitas obras de Arthur Barbosa, a busca do compositor por uma sonoridade sinfônica que representa de forma clara e característica a cultura da América Latina. Em dois dos três movimentos, o autor usa como acompanhamento, além da percussão tradicional, uma bateria, com o intuito de romper supostas barreiras entre a música dita “erudito-acadêmica” e a música popular. A obra está dedicada pelo autor a Flávio Gabriel, exímio e premiado trompetista brasileiro da atualidade.
O primeiro movimento começa com uma Promenade, em que o trompete solista se mostra com toda sua potência sonora e sua capacidade timbrística de se sobrepor ao som da massa orquestral. Em seguida, o tímpano anuncia o que vai, aos poucos, se transformar num jequibau, ritmo criado no Brasil, pouco explorado, e que se caracteriza por ser um “samba” escrito num compasso 5/4. Esse ritmo foi criado na época em que a Bossa Nova era o ritmo da vez, e muitos “tipos” de bossa foram experimentados e usados por compositores da época. Apesar de calcado nesse ritmo brasileiro, o movimento passeia por ideias complementares que sugerem outros ritmos latino-americanos.
No segundo movimento, há um momento íntimo do Trompete solista (ou Flugelhorn, sugerido pelo compositor) e a sessão de cordas da orquestra. É uma milonga lenta característica da parte sul do continente sul-americano. Ele sugere toda a topografia da região dos pampas, plana, porém com algumas ondulações denominadas coxilhas nitidamente descritas pelo acompanhamento das cordas, com pequenos crescendos e decrescendos sugerindo essas ondulações. Por cima disso, a melodia temática do trompete aparece para sugerir a perenidade da paisagem pampeana. Pequenas cadencias são ouvidas durante todo o movimento em clima intimista.
Uma transição em ostinato leva ao tema do terceiro movimento. Nele, o autor se inspirou em uma festa no México, país onde o trompete é muito valorizado na música popular. Mas apesar de muitas vezes a música lembrar o som dos “mariachis”, o autor trata regularmente de fugir do óbvio, optando por mesclar com alguns “batuques” e outros ritmos que nos evocam à América Central. O movimento é alegre, extremamente difícil para o solista e transita entre grandiosos tuttis orquestrais e solos sistemáticos e obstinadamente rítmicos.
País de ritmos
O concerto é, portanto, uma atitude de Arthur Barbosa de trazer ao público da música de concerto sensações e climas que sugerem que existe apenas um tipo de música e que as barreiras muitas vezes criadas pelo homem não representam o verdadeiro espírito da “Arte das Musas”, o de ser universal e para todos.
A Sinfonia Brasileira de Arthur Barbosa retrata de forma resumida todo um passeio por um país de ritmos e cores que, certamente, possui uma das músicas mais diversas do planeta. No primeiro movimento, ouve-se a o ritmo e a harmonia da Bossa Nova que rapidamente transformam-se num Chorinho, ritmos que são irmãos do Samba que é retratado posteriormente; ouve-se também, de forma divertida, o toque do Maxixe, que é avô de todos os ritmos citados acima. Todo o movimento é uma espécie de brincadeira com melodias e ritmos que se misturam constantemente.
O segundo movimento faz a vez do Scherzo de uma sinfonia tradicional, juntando o Maracatu, ritmo de origem africana característico do litoral da região Nordeste, mesclado a um tema que lembra a música Caipira e, até mesmo, temas de origem Indígena. Logo em seguida, apresenta-se um Frevo em forma de fuga em um grande crescendo de timbres. Uma breve coda finaliza o movimento com o tema inicial das trompas.
No terceiro movimento, em andamento lento, viajamos ao sul do Brasil onde um tema em forma de Milonga (ritmo parente próximo do tango argentino) é o motivo principal que é apresentado de maneira suave e às vezes dramática. Em outros momentos ouve-se uma Rancheira, que é um ritmo mais dançante também muito característico da cultura regional dos pampas.
O quarto movimento é um Finale onde o tema principal é um Baião, ritmo peculiar do Nordeste, assim como outros ritmos oriundos da mesma região como as Cavalhadas; ouve-se neste movimento as bandas de pífanos (pequenas flautas rústicas de madeira, típicos instrumentos de sopro indígenas) e também o som das rabecas (violinos feitos e tocados de forma rústica). A zabumba, que é um tambor característico do baião, é aqui representada pelo bumbo com intervenções peculiares ao instrumento. O final é grandioso e, de forma simbólica, representa a própria força da música deste país-continente.
Da redação, com assessoria
Sheherazade é a mais nova integrante da Jovem Pan Sat

“Joseval Peixoto, Reinaldo Azevedo, José Nêumanne Pinto, Fernando Rodrigues, Denise Campos de Toledo, Caio Blinder, Mona Dorf são alguns dos colegas da jornalista nas ondas do rádio.”
O jornalismo da Jovem Pan, presente também na Paraíba onde o Sistema Correio de Comunicação possui a afiliada regional, é conhecido por sua credibilidade e excelência na prestação de serviços e por isso a emissora está sempre em busca de profissionais qualificados e valorizados no mercado.
Para completar o time de jornalistas da Jovem Pan, que tem nomes consagrados como Joseval Peixoto, Reinaldo Azevedo, José Nêumanne Pinto, Fernando Rodrigues, Denise Campos de Toledo, Caio Blinder, Mona Dorf, entre outros, a emissora acertou, na última semana, a vinda de Rachel Sheherazade.
Nesta terça-feira (11), a jornalista dividiu a bancada do ‘Jornal da Manhã’, tradicional noticiário da rádio, ao lado de Joseval Peixoto e Adalberto Piotto. Logo na sua estreia, Joseval fez questão de pontuar que a jornalista é a coroação da Rádio e do
Grupo Machado de Carvalho no investimento que faz há décadas à liberdade de informação no Brasil. E acrescenta: “A Rachel já está marcada pela sociedade brasileira como a grande baluarte feminina da liberdade de informação”.
“É uma honra poder fazer parte deste time. O Jornal da Manhã é sinônimo de tradição, credibilidade e crítica. Me identifico com a linha editorial da Jovem Pan e com sua pluralidade de opiniões. Espero poder corresponder às expectativas e o carinho de todo grupo”, diz Rachel.
O Jornal da Manhã vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 6h às 7h (Rede Jovem Pan SAT) e de segunda a sábado, das 5h às 9h30 (SP).
Da redação / PBVale
Mamanguape celebra 159 anos de emancipação política com grandes festividades
