
Milhares de pessoas se reuniram em cidades do Irã, neste domingo (5), para acompanhar o cortejo fúnebre do general Qassem Soleimani, morto na quinta (2) em um ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque.
A homenagem ao general, transmitida ao vivo pela TV estatal do país, começou na cidade de Ahvaz, no sudoeste do Irã, por volta das 8h (1h30 no horário de Brasília). De lá, o corpo de Suleimani seguiu para Mashhad, no nordeste do país.
Na segunda-feira (6), o cortejo seguirá para Teerã, a capital, e, na terça (7), chegará a Kerman, cidade natal do general, onde será realizado o sepultamento.

Troca de ameaças
O Irã prometeu se vingar da morte de Souleimani e, em resposta, Trump disse que atacará 52 alvos iranianos caso os norte-americanos sejam alvo de alguma ação iraniana.
Neste domingo (5), o chefe do Exército iraniano disse que os EUA não teriam “coragem” para o “conflito”, e o ex-ministro da Defesa iraniano e hoje conselheiro militar do aiatolá Hossein Dehghan afirmou à CNN que “a resposta [ao ataque que matou Soleimani] será com certeza militar e contra alvos militares”.
No fim da noite de sábado, no horário local, foguetes atingiram a Zona Verde, área de Bagdá onde ficam embaixada dos EUA e outras representações diplomáticas, e uma base que abriga militares norte-americanos em Balad, a 80 km da capital iraquiana. Ninguém ficou ferido e não se sabe a autoria dos ataques.
Líderes mundiais têm pedido para que Irã e EUA evitem a escalada de violência. Neste domingo, o Papa Francisco pediu “diálogo e comedimento” em meio às tensões no Oriente Médio. As informações são do G1.