A Arquidiocese de Sydney, na Austrália, vem publicando regularmente anúncios em seu jornal semanal, o “Catholic Weekly”, pedindo doações dos fiéis para ajudar a pagar as despesas legais do cardeal George Pell, réu por pedofilia.
A publicação já divulga o anúncio com sua conta bancária desde o fim do ano passado, mas, em seu último número, incluiu um artigo lembrando que quando Pell “se afastara do cargo de prefeito da Secretaria de Economia do Vaticano”, 12 meses atrás, “muitos apoiadores queriam contribuir” para pagar seus advogados.
A equipe de defesa do cardeal inclui o famoso advogado Robert Richter e, segundo estimativas da imprensa local, custaria dezenas de milhares de dólares para cada dia de audiência nos tribunais. A Arquidiocese de Sydney, no entanto, diz que não está envolvida na destinação das doações recebidas pelo fundo pró-Pell.
Uma porta-voz do prelado, Katrina Lee, afirmou que o Vaticano não deu nenhuma contribuição financeira. Pell, de 76 anos, se tornou réu por pedofilia no último dia 1º de maio, por crimes supostamente praticados nos anos 1970 e 1990. Ele se diz inocente.
O caso tramita no Tribunal de Melbourne, que decidiu arquivar mais da metade das acusações por falta de provas e devido ao falecimento de um denunciante. O australiano é acusado de ter molestado garotos em uma piscina de Ballarat, onde era padre, na década de 1970.
Além disso, teria abusado de dois coristas na sacristia da Catedral de Melbourne, no fim dos anos 1990, quando era arcebispo. “Homem-forte” do papa Francisco e responsável pelas finanças da Santa Sé, Pell é o mais alto prelado católico a ser julgado por pedofilia. Com informações da ANSA.