O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, decretou um “estado de ausência de lei” neste sábado (noite de sexta pelo horário de Brasília).
A medida foi tomada depois que ao menos 14 pessoas morreram e cerca de 70 ficaram feridas na explosão de uma bomba em uma feira de Davao, sua cidade natal.
Duterte visitou o local do ataque e explicou que sua determinação não é equivalente a uma “lei marcial”.
Segundo ele, este “estado de ausência de lei” vai autorizar o envio de tropas a centros urbanos para apoiar a polícia na intensificação de patrulhas.
ATAQUE
A explosão ocorreu antes das 23h locais (meio-dia em Brasília) e deixou corpos espalhados em meio a destroços de mesas e cadeiras de plástico em uma rua fechada para a realização da feira, no centro da cidade.
Um dispositivo artesanal causou a explosão, informou o porta-voz presidencial Martin Andanar. “Encontramos estilhaços procedentes de um artefato explosivo caseiro”, declarou Andanar.
“Há muitos elementos que estão furiosos com o nosso presidente e o nosso governo”, disse Andanar à rádio DZMM.
Uma testemunha, Adrian Abilanosa, declarou que “a força (da explosão) me jogou pelo ar”.
CIDADE DO PRESIDENTE
Duterte, que foi prefeito de Davao durante quase duas décadas, estava na cidade nesta sexta-feira, mas não se encontrava na região do ataque.
Davao é a maior cidade do sul das Filipinas, com uma população de cerca de dois milhões de pessoas. Fica a cerca de 1.500 km da capital, Manila.
Os Estados Unidos manifestaram seus pêsames pelas vítimas do atentado.
Davao está na ilha meridional de Mindanao, onde os separatistas muçulmanos promovem há décadas uma rebelião armada que já deixou mais de 120 mil mortos.
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Da Folhapress