As dificuldades para importar papel fizeram com que 12 jornais da Venezuela deixassem de circular com suas versões impressas durante os quatro dias do feriado de Carnaval para economizar insumos.
Segundo a ONG Espacio Público, dentre os que não irão às bancas de sábado (25) a terça-feira (28) estão os nacionais “El Nacional”, um dos maiores em circulação no país, “Últimas Notícias” e “2001”, de Caracas.
Também ficarão sem imprimir no mesmo período cinco publicações diárias de Monagas (nordeste), três de Portuguesa (oeste) e o “El Impulso”, de Lara (oeste).
Desde que o governo passou a controlar o câmbio, ainda na gestão Hugo Chávez (1999-2013), os jornais venezuelanos enfrentam barreiras para conseguir os dólares necessários para importar papel.
Normalmente, o Centro Nacional de Comércio Exterior, responsável pela concessão das divisas estrangeiras, demorava quase um ano para aprovar o dinheiro, quando não recusava as solicitações ou liberava menos que o pedido.
Isso fez com que diversas publicações fechassem, diminuíssem edições ou funcionassem apenas na internet. Com o agravamento da crise econômica, a partir de 2014, algumas empresas chegaram a doar papel para que outros jornais saíssem.
Com informações da Folhapress