O vírus Zika vai provavelmente acabar em dois ou três anos na América Latina, preveem investigadores britânicos em estudo publicado nesta quinta-feira (14) nos Estados Unidos.
Segundo a projeção matemática, a próxima grande pandemia de Zika não deve ocorrer até daqui a dez anos, mas é possível que haja pequenos focos a doença.
A atual epidemia no continente latino-americano – sobretudo no Brasil, com mais de 1,5 milhões de pessoas infectadas – não pode ser contida pelos meios de controle existentes, concluíram os cientistas do Imperial College em Londres, cujo trabalho foram pulbicados na revista americana Science.
“As nossas análises sugerem que a propagação da infecção pelo Zika não pode ser contida e que a epidemia vai acabar por ela mesma daqui a dois ou três anos”, explicou o professor Neil Ferguson, da faculdade de Saúde Pública do Imperial College, o principal autor do estudo.
Não existe neste momento vacina nem antibiótico contra o vírus transmitido principalmente pelo mosquito ‘Aedes aegypti’ e por via sexual.
Como o vírus não pode infectar a mesma pessoa duas vezes devido ao sistema imunológico que produz anticorpos, a epidemia atingiu uma fase em que há muito poucas pessoas que ainda não foram infectadas para que a transmissão continue, afirmam os investigadores.
“Este estudo explora todos os dados disponíveis para compreender como é que esta epidemia vai evoluir, o que permite avaliar a ameaça no futuro”, concluiu o investigador.
Do Notícias ao Minuto