O Real Madrid conquistou, neste domingo, o mundo pela quinta vez e se tornou o maior vencedor de Mundiais da história do futebol. Mas não foi nada fácil. Para alcançar esta marca, o time merengue precisou até da prorrogação (após 2 a 2 no tempo normal) para ‘espantar a zebra’ no estádio de Yokohama e vencer o surpreendente Kashima Antlers por 4 a 2, com três gols do sempre decisivo Cristiano Ronaldo – Benzema abriu o placar.
Por muito pouco o Kashima Antlers não proporcionou a maior ‘zebra’ da história dos Mundiais. O time japonês chegou a ficar à frente no placar (2 a 1) no começo do segundo tempo, teve algumas oportunidades claras de gol no fim do jogo, mas deixou Cristiano Ronaldo livre para marcar dois gols na prorrogação e definir o título a favor do Real Madrid.
Maior vencedor de Mundiais
Com a taça deste domingo, o Real Madrid ultrapassa o Milan e se isola como maior vencedor de Mundiais. Foi o quinto título do time merengue, que já havia conquistado o mundo em outras quatro oportunidades: 1960, 1998, 2002 e 2014 – vale lembrar que os três primeiros ainda não eram organizados pela Fifa. O time italiano venceu o Mundial em 1969, 1989, 1990 e 2007.
De igual para igual
Enganou-se quem achou que o Real Madrid dominaria o jogo a partir do apito inicial. Marcando pressão e bastante compacto, o time japonês encarou a equipe merengue de igual para igual durante todo jogo, especialmente aproveitando as subidas de Marcelo pelo lado direito. Em alguns momentos foi até superior aos espanhóis, chegando a ficar bem perto do título.
Falhas resultam em 1 a 1 no 1ºT
Os dois gols da etapa inicial saíram após falhas. A primeira do goleiro Sogahata, que deu rebote para frente em chute de Modric e viu Benzema completar para as redes, logo aos 8min. O outro erro foi do Real, já aos 44min. Doi fez boa jogada pela esquerda, cruzou e Shibasaki dominou errado; Varani não cortou e o mesmo Shibasaki aproveitou para empatar.
CR7 dá a volta por cima
Cristiano Ronaldo esteve irreconhecível no primeiro tempo. Abusando das firulas e até errando dribles fáceis (como quando foi pedalar e perdeu a bola sozinho), o português chegou a se irritar com os próprios lances e foi presa fácil para os defensores japoneses. Mas, como geralmente faz, terminou a partida sendo decisivo, com três gols (um deles de pênalti).
Shibasaki: por pouco não foi herói
Shibasaki foi o responsável pelos dois gols da virada do Kashima Antlers. Tinha tudo para ser o herói do jogo e responsável pela maior zebra da história dos mundiais… Faltou combinar com o Real Madrid.
Juiz ‘salva’ Sérgio Ramos de expulsão
Sérgio Ramos ficou bem perto de ser expulso no fim do jogo após parar um contra-ataque – seria o segundo amarelo do jogador espanhol. O juiz chegou a colocar a mão no bolso, mas recuou e não mostrou cartão para o zagueiro. Seria um jogo de 11 contra 10 para os japoneses na prorrogação.
Os brasileiros na decisão
Três brasileiros estiveram em campo na decisão do Mundial: Casemiro e Marcelo, pelo Real Madrid, e Fabrício, pelo Kashima. Marcelo até foi bastante acionado, mas não conseguiu ser efetivo no ataque e ainda deixou uma ‘avenida’ na defesa em alguns momentos. Já Casemiro não teve das melhores atuações e deixou bastante espaço no meio-campo. Fabrício, por sua vez, entrou no segundo tempo e fez a defesa do Real correr bastante. Por pouco não deixou a sua marca e entrou para a história dos Mundiais.
Real volta a levar gol em decisão de Mundial
O argentino Martin Palermo, do Boca Juniors, era, até então, o último jogador a marcar sobre o Real Madrid em decisões de Mundial. O time merengue não sofreu gols nas duas finais seguintes, contra Olímpia (2002) e San Lorenzo (2014). Voltou a levar neste domingo.
Invencibilidade que segue…
O Real Madrid segue ampliando a maior invencibilidade de sua história. O time merengue alcançou neste domingo a marca de 37 jogos de perder. A última derrota foi para o Wolfsburg, em abril deste ano, no primeiro jogo das quartas de final da Liga dos Campeões.
Zidane gosta é de emoção?
Nas três finais que disputou com o Real Madrid como técnico, em todas Zinedine Zidane precisou encarar a prorrogação para levantar a taça. Além do Mundial deste domingo, foi assim na Liga dos Campeões 2015/16, contra o Atlético de Madri, e na Supercopa da Uefa, contra o Sevilla, em agosto deste ano.
Do UOL, em São Paulo