Agora é oficial. Depois de quatro dias de silêncio – e uma semana depois de ter anunciado oficialmente o atleta como primeiro reforço da temporada do ano que vem -, o Campinense enfim reconheceu o fracasso das negociações com o meia Marcelinho Paraíba, que passa a estar fora dos planos do clube para a temporada de 2017. Por meio de nota, a Raposa, inclusive, tentou passar a responsabilidade pelo revés da contratação para o jogador, que não teria cumprido sua parte no acordo de conseguir a liberação do Inter de Lages.
Segundo a nota, esta “era ação de iniciativa exclusiva do jogador”, que dava “certeza absoluta” de que conseguiria sua liberação. O Campinense, contudo, lamenta que “o que antes seria mera formalidade (liberação pelo clube onde Marcelinho tem contrato em vigor), passou a ser principal entrave” para o acordo.
No documento, o Rubro-Negro tenta ainda relembrar o passo a passo da negociação. Disse que só iniciou os contatos com o jogador depois deste manifestar interesse em encerrar sua carreira no clube e que ao longo do período houve três encontros entre o presidente William Simões e Marcelinho Paraíba.
No primeiro encontro, o clube teria declarado oficialmente o interesse de contar com o jogador e apresentou uma proposta formal a Marcelinho. No segundo, clube e atleta teriam chegado a uma definição da contratação de acordo com o que foi exigido pelo meia. No terceiro e último, teriam especificado valores que seriam destinados ao clube de origem ( no caso, o Inter de Lages) como compensação para liberação e antecipação de um mês de salário a partir da assinatura do contrato.
O Campinense justifica dizendo que o anúncio da contratação só foi feita por ambas as partes diante da “certeza absoluta (assegurada e repetida sempre) que o jogador tinha da sua liberação”. Mas que, só depois disto, tornaram-se públicas “seguidas manifestações contrárias à liberação (de Marcelinho) feitas por dirigentes do time de Santa Catarina”.
Por fim, o time de Campina Grande diz que ainda exigiu do atleta e do seu agente “rápida ação para definição do quadro”, e que diante de uma “dificuldade agora extrema” chegou a propor como “última iniciativa” um “termo de empréstimo”.
O prazo para o fim a essas tratativas, ainda de acordo com a nota, seria esta segunda-feira, mas como nenhuma resposta foi recebida “o Campinense Clube encerrou oficialmente todo e qualquer contato com Marcelinho ou com quem o represente”.
Leia a nota na íntegra:
O Campinense Clube iniciou os contatos com Marcelinho Paraíba, quando o próprio atleta manifestou publicamente interesse de encerrar sua carreira jogando pelo Rubro-Negro.
Como de sobremaneira registrados pela mídia, todos os contatos com o jogador, foram feitos em horário normal de expediente, na sede do Campinense Clube.
Pelas circunstâncias excepcionais dessa contratação, onde vantagens e riscos dividiam opiniões, o clube fez questão de negociar de forma aberta. O próprio presidente William Simões deu ênfase através de entrevistas sobre as possibilidades ou não do acerto.
Em três oportunidades o presidente recebeu pessoalmente Marcelinho no Campinense.
A primeira, para declarar oficialmente o interesse e apresentação de uma proposta.
A segunda, para definição da contratação de acordo com o que foi exigido pelo jogador.
A terceira e última para especificar valores que seriam destinados ao clube de origem como compensação para liberação e antecipação de 1 mês de salário à partir da assinatura do contrato.
A certeza absoluta (assegurada e repetida sempre) que o jogador tinha da sua liberação e a forma clara escolhida pelo Campinense para tratar esse caso, motivaram o anúncio feito por ambas as partes, num evento casual.
Porém o que antes seria mera formalidade (liberação pelo clube onde Marcelinho tem contrato em vigor), passou a ser principal entrave.
Seguidas manifestações contrárias à liberação feitas por dirigentes do time de Santa Catarina tornaram-se públicas. Diante delas, o Campinense Clube exigiu do atleta e do seu agente, rápida ação para definição do quadro. Visto que a liberação, conforme acerto, era ação de iniciativa exclusiva do jogador.
A dificuldade agora extrema onde antes era tida como certa e garantida, fez o Campinense tomar a última iniciativa de propor através do agente do atleta, um termo de empréstimo. Ao mesmo tempo que definiu prazo para por fim a essas tratativas.
Até ontem (31/10), data estabelecida pelo clube para definição, nenhuma resposta sobre essa possibilidade foi recebida.
Assim sendo, o Campinense Clube encerrou oficialmente todo e qualquer contato com Marcelinho ou com quem o represente.
O Campinense seguirá montando elenco forte e competitivo para a temporada 2017. Deixando sempre claro que o interesse do clube continuará prevalecendo sobre todas as coisas.
Por Phelipe Caldas, Globoesporte