
Não registrou presença da multidão dos forrós de plástico, o público era formado praticamente apenas por pessoas da rua, mas foi um espetáculo fantástico de cultura e tradição popular a “Queima da Lapinha” de Jaraguá, uma das aldeias situadas em Rio Tinto.
Com 15 integrantes (sete do Cordão Azul, sete do Cordão Encarnado e um Lindo Anjo), o pastoril existe há mais de 30 anos na comunidade e, com a queima, encerrou a temporada 2014/2015 que foi aberta em setembro passado.
Muita animação, distribuição de cravos e vitória do Cordão Azul marcaram a queima desta temporada. Seguindo a tradição, na noite da queima, as bandeiras e os papéis coloridos que enfeitam o palanque são todos colocados no meio do salão e, já sem disputa, as pastoras dançam ao redor até que o fogo se apague.
O evento tem duração de mais de duas horas e, nesse período, pastoras e pessoas da organização vendem votos, cada uma para o seu cordão (azul ou encarnado). As músicas são acompanhadas por um regional que conta com violão, cavaquinho, bombos, pandeiro e triângulo.
Ao final da lapinha, as pastoras e convidados participam de um jantar que é seguido de um forró aberto à participação de todos os presentes.
A próxima temporada, segundo as organizadoras Lúcia e Deusuíte, começa em setembro e, como todos os anos, vai até as proximidades do Dia de Reis, no começo de janeiro de 2016.
As organizadoras lamentam a falta de mais apoio a esse tipo de manifestação, mas garantem que isso não desanima a comunidade e nem muito menos as pastoras. “É de mãe pra filha”, diz Deusuíte.
Por Ademilson José
Do Blog Rio Tinto PB